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Acordo Pedra-CPFL para cogeração é importante para o setor

25 de março de 2010

undefinedUm acordo anunciado esta semana entre o Grupo Pedra Agroindustrial e a CPFL Energia para o fornecimento de eletricidade gerada a partir de biomassa de cana-de-açúcar abre portas e incentiva a entrada de novos agentes do setor elétrico nessa atividade. A avaliação é do assessor de Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar de Souza.

Dentro do acordo, a CPFL Energia deterá o controle das unidades geradoras CPFL Bio Buriti, CPFL Bio Ipê e CPFL Bio Pedra, projetos que juntos tem investimentos previstos totalizando R$366 milhões. A potência instalada dos três projetos totaliza 145 MW, sendo 50 MW da Bio Buriti, 25 MW da Bio Ipê e 70 MW da Bio Pedra. Um total de 88,63 MW serão exportados para a CPFL (30,00 MW da Bio Buriti, 14,37 MW da Bio Ipê e 44,26 MW da Bio Pedra) ao longo da safra 2010/2011.

Zilmar de Souza lembra que a CPFL é a maior companhia privada do setor elétrico brasileiro, com mais de 90 anos atuando nesta área. “É preciso lembrar que a venda de bioeletricidade pelo setor sucroenergético é uma atividade relativamente nova, que existe a partir de 1987. Assim, o que temos é uma sinergia benéfica com o casamento das empresas na complexa tarefa de produzir e comercializar bioeletricidade,” avaliou.

A entrada em operação comercial das unidades Bio Buriti e Bio Ipê está prevista para junho de 2011, enquanto a Bio Pedra deve iniciar suas atividades em abril de 2012.

Retrofit

Para o assessor da UNICA, a parceria com a CPFL Energia mostra o potencial que o setor sucroenergético apresenta quando se avalia a perspectiva de reforma de seu parque de cogeração, o chamado “retrofit”. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia, em 2008 apenas 88 das mais de 430 usinas sucroenergéticas exportaram bioeletricidade, revelando que há oportunidades significativas para o parque sucroenergético existente.

Ele lembra que a CPFL Energia tem importante foco de atuação no interior de São Paulo, justamente onde está localizada a maioria das usinas sucroenergéticas da Região Centro-Sul. “Se considerarmos que apenas 54 usinas das 182 usinas paulistas comercializaram energia para a rede elétrica em 2008, vemos que o sucesso dessa parceria chamará a atenção para novos players do setor elétrico e a oportunidade que o `retrofit´ representa no coração do sistema elétrico nacional,” conclui Souza.