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Açúcar: desafios globais para a produção de são debatidos no Summit

18 de junho de 2019
Painel "Os caminhos do açúcar: obstáculos globais" no Ethanol Summit 2019

A Ásia deve liderar o crescimento do consumo global de açúcar.

O potencial do mercado foi ressaltado durante o painel “Os caminhos do açúcar: obstáculos globais”, no Ethanol Summit, com a participação de Fernando Merino, diretor da Steptoe & Jonhson, Marcos Jank, do Insper, Roshan Lal Tamak, executivo da DCM Shriram India, e Welber Barral, da consultoria Barral M Jorge. “No mundo o consumo está estancado, mas na Ásia há perspectivas de crescimento muito boas”, resumiu Geraldine Kutas, diretora de relações internacionais da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), que mediava o debate.

Entre os problemas apresentados, destaca-se o fato de que muitos países asiáticos estão impondo barreiras e adotando subsídios para proteger seus mercados da entrada de açúcar importado. Para o Brasil, essa proteção excessiva é um problema, pois a Ásia é o principal destino das exportações brasileiras. “Discutimos também o problema da política interna porque perdemos espaço nas exportações mundiais, especialmente para a Ásia, para os países que tem acordo de livre comércio nessa região”, disse a executiva da Unica. Segundo ela, o Brasil ficou isolado por muitos anos e precisa entrar nesses acordos.

Outro tema que teve bastante destaque no painel foi o case da Índia, que tem 33 milhões de produtores de cana. O governo indiano quer manter essas pessoas no campo e por isso está garantindo um preço mínimo da commoditie em um patamar considerado elevado. Essa situação tem incentivado o produtor a cada vez mais plantar cana, o que tem gerado grande excedente de produção e um impacto sobre o preço mundial do açúcar.

Uma possível saída para esse problema é o fato de recentemente a Índia ter autorizado o uso do caldo de cana para a produção de etanol. “Eles montaram um programa de produção de etanol que pode levar o País a um outro patamar na produção de etanol. Eles precisam de cooperação e o Brasil se ofereceu a dar esse apoio para que o programa seja um sucesso. Isso vai ajudar a criar um novo segmento, tirando o foco do açúcar”, finalizou Kutas.