A alteração do nome álcool comum, que hoje aparece nas bombas em postos de combustíveis, para etanol, que é o nome técnico correto adotado mundialmente para o produto, foi um dos assuntos discutidos nesta sexta-feira (24/10/2008), em Brasília, durante visita do presidente da Agencia Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, ao presidente da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), senador Marconi Perillo.
Lima explicou que apesar de os dois termos terem o mesmo significado e descreverem o álcool etílico, amplamente utilizado como combustível no Brasil, a mudança é necessária: “A palavra álcool é uma denominação generalizada, há vários tipos de álcool. Mas o etanol é um produto específico, inclusive de maior valor comercial”, destacou. O senador Perillo concordou com a explicação.
A ANP está considerando um pedido submetido oficialmente pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), solicitando a alteração de álcool comum para etanol em todas as bombas do país. Para o diretor de comunicação corporativa da UNICA, Adhemar Altieri, a alteração é um passo na direção da modernidade, que também busca eliminar confusões:
“Álcool é aquele que se bebe, etanol é o combustível. Estamos na era do bafômetro e de um grau muito maior de responsabilidade com relação ao consumo do álcool como bebida, e não pode haver qualquer confusão para o consumidor.”
Altieri destaca que na década de 70, quando surgiu o Proálcool, os carros saiam de fábrica com adesivos ‘movido a álcool’ no vidro traseiro, e logo surgiram brincadeiras do tipo ‘movido a mé’ ou ‘movido a álcool – só o motorista’. “Hoje, algo assim seria uma piada de muito mau gosto, portanto é essencial retirar o etanol desse contexto completamente, adotando o termo correto e reconhecido mundialmente”, concluiu.
