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Amyris promove diesel de cana em evento na Califórnia

26 de agosto de 2011

Um Audi Q7 TDI 2011 movido a diesel produzido a partir de cana-de-açúcar do Brasil. A  novidade foi apresentada pela empresa americana Amyris na ultima quinta-feira (25/08), na conferência “Accelerating Sustainable Performance”,  realizada no autódromo Infineon Raceway, em Sonoma (Califórnia). O local será palco da etapa do Grande Prêmio de Sonoma de Formula Indy, no domingo (28/08).

Para Alfred Szwarc, consultor de emissões e tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), este tipo de inovação tecnológica é um excelente laboratório para testar novos conceitos e formulações de combustíveis. “Isto porque o uso de diesel de cana em condições extremas contribui para uma melhor avaliação e divulgação das qualidades técnicas e ambientais deste novo subproduto da cana-de-açúcar,” afirma.

O representante da UNICA ressalta que o produto vem sendo usado com sucesso no Brasil. “O diesel de cana é uma realidade com misturas de 10% e de 20% com o diesel comercial, em projetos piloto no transporte público tendo em vista o potencial de redução da emissão de partículas e de gases de efeito estufa no segmento de transporte urbano,” explica Szwarc. “Se carros menores movidos a diesel puderem também usufruir de um combustível 100% renovável, os ganhos sociais e ambientais serão grandes. Vide o exemplo do etanol,” justifica o consultor.

Tecnologia avançada

Joel Velasco, vice-presidente sênior de Relações Externas da Amyris, destaca que a tecnologia comprova a versatilidade da cana, que também serve de matéria-prima para a produção de açúcar, etanol, bioplásticos e bioeletricidade. Na opinião do executivo, a produção de hidrocarbonetos como diesel, combustível de avião, gasolina e outros produtos químicos a partir de uma fonte renovável são uma forte tendência.

Durante a conferência em Sonoma, a Amyris também sua nova linha de lubrificantes, chamada EvoShield. O produto, produzido a partir da cana-de-açúcar, chegará ao mercado em 2012. A Amyris justifica o investimento nesta linha de produtos por considerar que os os chamados óleos “verdes” possuem o mesmo desempenho dos lubrificantes minerais, com a vantagem de redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera.