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APEX e UNICA investem R$ 16,5 milhões para promover etanol brasileiro

25 de fevereiro de 2008


A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a UNICA anunciaram nesta segunda-feira (25/02/2008) uma estratégia para promover a imagem do etanol brasileiro de cana-de-açúcar como energia limpa e renovável no exterior.



As duas entidades assinaram na sede da UNICA, em São Paulo, um convênio que prevê investimentos compartilhados no valor de R$ 16,5 milhões até o final de 2009. O projeto a ser desenvolvido pela Apex-Brasil e pela UNICA compreende a sensibilização e capacitação da oferta de etanol brasileiro, estudos de inteligência comercial e, principalmente, ações de promoção comercial e de imagem.



Os mercados-alvo são países da América do Norte, Europa e Ásia. O primeiro escritório de representação do setor já foi instalado pela UNICA nos Estados Unidos, em Washington – local considerado estratégico para a atuação junto ao governo americano e aos formadores de opinião. O segundo deverá ser instalado em Bruxelas, na Bélgica, e o terceiro em um país do leste asiático, a ser definido.



WIREC 2008 – Já no início de março, o projeto estará presente em dois importantes eventos mundiais. A Washington International Renewable Energy Conference (WIREC 2008) vai reunir, de 3 a 7 de março nos Estados Unidos, mais de cinco mil participantes entre representantes governamentais, da sociedade civil e do setor privado de diversos países para discutir o futuro das energias renováveis.



Na Europa, o tema será discutido durante o World Biofuels Markets Congress, em Bruxelas, de 12 a 14 de março. Nos dois eventos, representantes da UNICA promoverão o etanol brasileiro em apresentações nas conferências e nos stands do projeto montados nos pavilhões de exposições.



A participação nos eventos será uma oportunidade de divulgar as vantagens comparativas da produção de etanol a partir de cana-de-açúcar e realizar contatos com o intuito de expandir a interação da associação com formuladores de políticas e representantes do mercado internacional.



Durante a WIREC, a UNICA e a APEX-Brasil realizarão ainda um evento em parceria com o Woodrow Wilson Center for Scholars, para discutir o primeiro ano do Memorando de Entendimentos sobre Biocombustíveis entre Brasil e Estados Unidos.



Por meio de ações de relações públicas, o convênio poderá influenciar o processo de construção de imagem do etanol brasileiro junto aos principais formadores de opinião mundial, governos e meios de comunicação, bem como empresas de trading, potenciais investidores e importadores, ONGs e consumidores.



Cadeia produtiva



O projeto prevê também a participação ativa da UNICA na formulação das políticas públicas relativas ao setor e na discussão de temas como acesso de mercado e certificação de biocombustíveis.



Além de beneficiar diretamente as 107 empresas associadas à UNICA e as demais 243 indústrias do setor sucroalcooleiro localizadas em todo o país, o projeto vai favorecer também a cadeia produtiva do etanol de cana-de-açúcar, que inclui a pesquisa em biotecnologia para novas variedades de cana, os fornecedores de insumos e equipamentos, produtores de cana, tradings, indústrias, logística e variados prestadores de serviços.



A demanda mundial por biocombustíveis é crescente e o etanol brasileiro produzido com cana-de-açúcar se destaca como a alternativa mais viável, com vantagens comparativas e competitivas frente ao milho, trigo, beterraba e outras matérias primas?, ressalta o presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira.



O Brasil hoje produz um terço do etanol mundial, com o menor custo de produção, maior eficiência na redução das emissões de gases poluentes e elevado potencial para expansão da produção. Precisamos mostrar isso ao mundo?, complementa.



Marcos Jank, presidente da UNICA, destaca a importância do projeto com a APEX-Brasil. "Nossa prioridade é consolidar o etanol como commodity energética global na área dos combustíveis, por meio da ampliação da produção, do consumo e do comércio do produto. É fundamental estimular o crescimento da produção e consumo de etanol no maior número de países, apoiando mecanismos obrigatórios de mistura e estabelecendo padrões universais para o produto".