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Aprovação da Diretiva Européia é estímulo para mercado de etanol na Europa

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18 de fevereiro de 2009


A falta de um mercado próprio de biocombustíveis na Europa ainda é um obstáculo, embora a Diretiva Européia sobre energias renováveis nos transportes, aprovada no final de 2008 pela Comissão Européia, esteja encorajando os biocombustíveis e estimulando, assim, a existência deste mercado no futuro. Esse e outros caminhos para que o etanol de cana-de-açúcar possa se firmar no mercado Europeu foram apresentados pelo representante da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) na União Européia, Emmanuel Desplechin, durante apresentação nesta terça-feira (10/02/09) na London School of Economics, na Inglaterra.

“Se considerarmos que a maioria dos 10% de energias renováveis obrigatórios até 2020 pela Diretiva Européia no setor de transportes serão ocupados por biocombustíveis, isso pode significar o surgimento de um mercado de até 14 bilhões de litros, o que é favorável para o etanol brasileiro”, afirma o representante da UNICA.

Além da diretiva sobre combustíveis renováveis, a adoção da Fuel Quality Directive – Diretiva de Qualidade de Combustível – aumentou em dezembro de 2008 o limite máximo permitido de etanol misturado à gasolina para 10% (E10), considerando que até este nível não há prejuízos mecânicos para os automóveis. De acordo com Desplechin, a medida oferece um incentivo para os países membros da UE seguirem os objetivos da diretiva e assim consolidarem seu mercado de biocombustíveis. “Nós esperamos que outros países da UE sigam o exemplo da França, que já anunciou que a distribuição de E10 começará a partir de abril deste ano em alguns postos de combustível.” 

A necessidade de uma harmonização de padrões e um esquema unificado de certificações também foram abordados pelo representante da UNICA. “Ninguém vai se comprometer com o desenvolvimento de biocombustíveis para um mercado global se sua produção tem de seguir padrões diferentes dependendo de seu destino final, seja no mercado nacional, Europa, Estados Unidos, ou em qualquer outro lugar. Há urgência de uma harmonização” concluiu Desplechin. 
  
A participação da UNICA em Londres aconteceu dentro do escopo do projeto Apex-Brasil/UNICA, iniciado em janeiro de 2008. A parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, tem como objetivo promover a imagem do etanol brasileiro de cana-de-açúcar como energia limpa e renovável ao redor do mundo.