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Aprovação de levedura geneticamente modificada de cana abre caminho

17 de fevereiro de 2010

undefinedA aprovação do uso comercial de uma levedura geneticamente modificada para produção de diesel com utlilização de cana-de-açúcar é um relevante avanço para o setor sucroenergético, cujo desdobramento será potencialmente a abertura de uma nova fronteira de expansão para o setor sucroenergético brasileiro. A avaliação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) se refere à liberação comercial da levedura, aprovada na última quinta-feira (11/02) pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

“É um passo essencial para que diversos projetos que envolvem a produção de hidrocarbonetos a partir da cana-de-açúcar, hoje em desenvolvimento em diferentes partes do mundo, possam avançar,” comenta o consultor em tecnologia e emissões da UNICA, Alfred Szwarc. Um desses projetos é uma parceria entre a Usina Boa Vista, em Quirinopolis (GO), parte do Grupo São Martinho, e a Amyris, empresa com sede na California que vem pesquisando a produção de diesel, querosene de aviação e gasolina a partir da cana.

A levedura agora liberada pelo CTNBio é um fungo, amplamente utilizado na produção de vinhos, cachaça e fermento de pão. A espécie aprovada teve seu DNA modificado, o que a torna agora capaz de produzir um precursor do diesel, o farneseno.

“O diesel produzido dessa forma não tem enxofre, produz quantidade menor de material particulado e é renovável. Tudo isso reduz o impacto para o aquecimento global”, explicou Luciana di Ciero, gerente de assuntos regulatórios e relações institucionais da Amyris, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. A Amyris mantém parcerias com empresas como GE, Embraer, a empresa aérea Azul e a Força Aérea dos Estados Unidos, todas voltadas para a pesquisa e o desenvolvimento de combustíveis produzidos a partir da cana-de-açúcar.