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Austrália procura sinergia com o setor sucroenergético brasileiro

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29 de outubro de 2008



Um grupo de executivos da Canegrowers, a associação dos canavieiros da Austrália, está no Brasil com a missão de conhecer o sistema brasileiro de produção de etanol de cana-de-açúcar, o maior e mais bem-sucedido projeto de produção e utilização de um biocombustível em escala comercial do mundo. O objetivo da delegação é examinar até que ponto os métodos e melhores práticas existentes no Brasil poderiam ser implantados em seu país.
 
A Canegrowers tem sede em Queensland, estado australiano que pretende implementar a mistura de 10% de etanol à gasolina (E10) até 2010. Os representantes da entidade visitaram a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) nesta quarta-feira (29/10/08), dentro de um roteiro de reconhecimento do setor sucroenergético brasileiro, da produção de etanol até a co-geração de bioeletricidade. Comparada com a brasileira, a indústria australiana de etanol é pequena. Mas, graças ao projeto de uso do E10, será necessário expandir a produção de biocombustíveis no país, dos 130 milhões de litros atuais para 350 milhões até 2010.
 
Carolina Costa, relações institucionais da UNICA, recebeu os australianos na sede da entidade em São Paulo (SP) e realizou uma apresentação na qual destacou o papel do setor sucroenergético no desenvolvimento econômico do Brasil. A história, as perspectivas e as iniciativas de expansão da cana-de-açúcar e da tecnologia brasileira para outras partes do mundo também foram mostradas.


O interesse da Austrália em seguir o exemplo de sucesso da produção de biocombustíveis no Brasil não é novidade. Em junho deste ano um grupo de autoridades, também do estado de Queensland, foi recebido na UNICA pelo consultor de emissões e tecnologia, Alfred Szwarc (clique aqui e leia mais). E em setembro, uma equipe do programa jornalístico de maior audiência da Austrália, o “Sixty Minutes” da rede de televisão NetworkNine, passou duas semanas no Brasil produzindo uma reportagem especial sobre a expansão da indústria da cana e o sucesso dos carros Flex-Fuel no Brasil.