No último dia 26/06, o comissário europeu para Energia e Mudança Climáticas, Miguel Arias Cañete e o diretor-geral para Energia da Comissão Europeia, Dominique Ristori, visitaram o espaço do Brasil na Expo Milão e conheceram de perto uma amostra da cultura de cana-de-açúcar.
A convite da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) – que desde de 2008 mantém junto à União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), uma estratégia para promover a imagem do etanol brasileiro de cana como energia limpa e renovável no exterior – as autoridades da União Europeia (U.E.) caminharam pelos 4 mil m² do pavilhão brasileiro na Expo Milão. A exposição mundial começou no dia 1º de maio e vai até 31 de outubro, reunindo representantes de 145 países em torno do tema: Nutrindo o Planeta, Energia para a Vida (Feeding the Planet, Energy for Life).
Acompanhados por Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, Géraldine Kutas, assessora sênior da Presidência da UNICA para Assuntos Internacionais e Christine Garcia Concheso, diretora do pavilhão brasileiro na Expo, Cañete e Ristori percorreram atentamente toda a área de cultivo de plantas, flores e frutas brasileiras,organizada pela Apex-Brasil em parceria com a EMBRAPA.
Durante uma parada estratégica em frente a um canteiro plantado com cana-de-açúcar, a representante da UNICA explicou aos europeus as particularidades da cultura, informando que o Brasil é o maior produtor de cana do mundo. Explicou ainda que temos substituído mais de 40% do nosso consumo de gasolina por etanol e que o nosso biocombustível reduz em até 90% a emissão de gases de efeito estufa, quando comparado com a gasolina.
Roberto Rodrigues, que já foi presidente do Conselho da UNICA, convidou o comissário para visitar o Brasil e conhecer uma usina de cana-de-açúcar. Já Ristori, fez questão de dizer que visitou o Brasil há alguns anos e que ficou muito impressionado com o uso de energia renovável no país. Ele também ressaltou que a U.E. definiu recentemente uma política de energia e clima, onde a meta do uso de energia renovável no setor de transportes do continente até 2020 seja de 10%.
“Até o momento a U.E. só conseguiu alcançar 5,7% desta meta e precisa de soluções inovadoras para resolver esta questão, por isso o etanol brasileiro de cana aparece como uma grande possibilidade,” finalizou Kutas.