undefinedOs esforços da maior produtora de enzimas industriais do mundo, a Novozymes, para fabricação de etanol celulósico representam um forte estimulo à internacionalização do uso do etanol e sua consolidação como commodity energética, avalia a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). No início de fevereiro de 2010, a Novozymes informou que conseguiu reduzir os custos da “Cellic CTec2,” a primeira enzima comercialmente viável para a produção de etanol celulósico.
“A nova tecnologia deve viabilizar a produção de etanol a partir de uma variedade de matérias-primas, inclusive em países onde atualmente o etanol recebe pouca atenção por ter custos mais elevados de produção, ou então por limitada disponibilidade de matérias-primas”, afirma Alfred Szwarc, consultor de emissões e tecnologia da UNICA.
Vantagem competitiva no Brasil
Szwarc explica que o Brasil deve apresentar vantagem competitiva na produção de etanol de celulose. “O bagaço da cana é matéria-prima já disponível na unidade de produção de açúcar e etanol, e a nova planta industrial para produção do etanol celulósico poderá ser integrada às unidades existentes”, prevê.
Segundo o consultor, um diferencial extremamente importante da produção de etanol de celulose no Brasil é a perspectiva de aumento substancial da produtividade por hectare de cana, uma vez que mais etanol será produzido sem necessidade de expansão da área cultivada.
Preço convidativo
Segundo a Novozymes, um galão (3,78 litros) do etanol de segunda geração produzido a partir da enzima “Cellic CTec2” pode custar menos de US$0,50 no mercado americano. A empresa estima que a produção em escala comercial pode começar em 2011, com um preço final compatível com o da gasolina e do etanol convencional nos Estados Unidos.
A empresa revelou que o Ministério de Energia dos EUA destinou US$ 29,3 milhões para o desenvolvimento da nova enzima. A empresa trabalha em parceria com algumas das principais empresas da indústria americana de biocombustíveis para acelerar o desenvolvimento da nova tecnologia.