O Banco Mundial pode se tornar um aliado do Brasil para difundir a sua experiência de mais de 30 anos com o uso do etanol em sua frota de veículos leves. A intenção foi apresentada pelo diretor do Brasil na instituição, Rogério Studart, nesta sexta-feira (13/06/2008), em Washington (EUA), após a palestra proferida pelo representante-chefe da UNICA na América do Norte, Joel Velasco.
“Queremos que o Banco Mundial se torne um aliado na disseminação da experiência brasileira dos biocombustíveis para outros países", afirmou Studart. “A experiência brasileira com os biocombustíveis encaixa-se perfeitamente nos objetivos do Banco Mundial de promover o crescimento econômico, combater a pobreza e proteger o meio ambiente”.
Para o diretor da instituição, o diálogo da UNICA com a diretoria-executiva do banco, nesta sexta-feira, foi muito esclarecedor. “Ajudou a mostrar que nenhuma estratégia séria para apoiar o desenvolvimento sustentável e combater o aquecimento global pode desconsiderar a importância dos biocombustíveis”, concluiu Studart, acrescentando que a oportunidade serviu ainda para desmontar as acusações e mitos infundados contra o etanol.
O executivo da UNICA ressaltou, durante sua apresentação, o potencial da cana-de-açúcar para o desenvolvimento rural dos países de terceiro mundo e os ganhos de produtividade da agricultura brasileira. Velasco demonstrou também que o conflito entre alimentos e biocombustíveis não é realidade no Brasil.
Ao final de sua apresentação, o representante da UNICA falou sobre os subsídios e as barreiras contra o etanol brasileiro e citou ainda a necessidade de o mundo aceitar que a solução para a alta do petróleo e para a mitigação dos problemas de mudança climática passa pelo uso de bicombustível.
“Foi bom ver um debate sobre estes fatos, especialmente numa instituição dedicada à erradicação da pobreza no mundo. Nada melhor do que desenvolvimento rural e segurança enérgica e alimentar para esta missão," concluiu Velasco.
Rogério Studart é diretor do Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad Tobago no Banco Mundial. Na mesma sessão de Velasco, Emerson Kloss, da embaixada brasileira, falou sobre os projetos do biodiesel no Brasil.