No último mês, com as medidas de lockdown adotadas para tentar conter a propagação do coronavírus, os moradores das metrópoles brasileiras puderam desfrutar de um céu ainda mais azul. Isso foi possível graças à redução no nível de emissões de poluentes atmosféricos, especialmente os que saem dos escapamentos dos veículos abastecidos com combustíveis fósseis (gasolina e diesel).
Num momento em que governos, empresas e diversas instituições discutem como será o novo normal pós-pandemia, o setor de biocombustíveis do Brasil resolveu se unir para formar uma coalização pró-biocombustíveis, para integrar ações de valorização dos renováveis.“Temos em nossas mãos um dos maiores ativos que o Brasil possui: os biocombustíveis. Somos patrimônio nacional. Somos o combustível do presente e do futuro”, destacou o presidente da Unica, Evandro Gussi, durante lançamento da Biocoalizão, realizado na manhã desta nesta quinta-feira (4).
Inicialmente formada pela Frente Parlamentar do Biodiesel e pela Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético, o objetivo da Biocoalizão é unificar pautas em comum e demonstrar para a sociedade como os biocombustíveis favorecem o desenvolvimento econômico e criam oportunidades de emprego, ao mesmo tempo em que cuidam da qualidade do ar e da qualidade de vida dos brasileiros.
Estratégia nacional
Com biodiesel, etanol, biogás e bioquerosene, o Brasil pode ser líder mundial em biocombustíveis e uma potência agrícola e ambiental. É unânime entre o setor a convicção de que o país pode ser protagonista na questão ambiental com preservação, agricultura sustentável e fontes renováveis de energia e biocombustíveis.
A Biocoalizão vai buscar, então, o diálogo com o governo, envolvendo a sociedade, para aprovação de medidas excepcionais de preservação do setor durante este período de crise. No médio prazo, o grupo pretende tratar de questões convergentes em interesses comuns, como RenovaBio, tributação, logística, e marco regulatório, além de definir uma condução sobre esses assuntos de modo a valorizar e reconhecer as externalidades positivas dos biocombustíveis.
“Sabemos que os biocombustíveis têm o compromisso com a sustentabilidade, eles são a ferramenta para atendermos as metas de redução de gases de efeito estufa, além de constituírem uma cadeia produtiva muito relevante”, ressaltou o deputado Arnaldo Jardim.
O lançamento da Biocoalizão foi realizado nesta quinta-feira (4) durante o webinar “Integração entre biocombustíveis: estratégias para superar a crise”, promovido pela Ubrabio, União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e as duas frentes parlamentares para celebrar a Semana Mundial do Meio Ambiente. Confira aqui
Participaram do webinar José Gutman (Diretor-Geral da ANP), Plínio Nastari (Conselheiro do CNPE), Deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP, presidente da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético), Deputado Jerônimo Goergen (PP/RS, presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel), Deputado Fernando Coelho Filho (DEM/PE, membro das frentes parlamentares do Biodiesel e pela Valorização do Setor Sucroenergético), Deputado Enrico Misasi (PV/SP, Coordenador-geral da Frente Parlamentar do Biodiesel), Juan Diego Ferrés (Ubrabio), Evandro Gussi (Unica), André Rocha (Fórum Nacional Sucroenergético), Renato Cunha (Novabio), Alessandro Gardemann (ABiogás), Antonio Cesar Salibe (Udop), Alexandre Alonso (Embrapa Agroenergia), Miguel Ivan Lacerda (MME), Márcio Félix (EnP Energy Platform), Amanda Gondim (RBQAV), Flavio Castellari (Apla). A moderação foi feita por Donizete Tokarski (Ubrabio).