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Bioeletricidade não é valorizada como deveria, avalia UFRJ

16 de setembro de 2009

O uso da bioeletricidade no Brasil não tem tido a valorização devida quando se avalia sua contribuição em termos de energia adicional ao sistema elétrico. Esta é a percepção de pesquisadores do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que na terça-feira (15/09) se reuniram na Usina da Pedra, em Serrana (SP), em um evento do Grupo de Bioeletricidade da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (GTBio).

“Esta situação prejudica a competitividade da bioeletricidade nos leilões quando comparada às determinadas fontes termelétricas de geração”, avalia Roberto Brandão, pesquisador da UFRJ. Ao lado de Guilherme Dantas, também da Universidade, eles deram uma palestra sobre a atual metodologia de determinação da oferta da bioeletricidade nos leilões de compra de energia de novos empreendimentos, promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sob diretrizes do Ministério de Minas e Energia.

Zilmar Souza, assessor em Bioeletricidade da UNICA e coordenador do GTBio, avalia que é preciso repensar a atual metodologia de precificação nos leilões regulados, procurando-se considerar adequadamente nos leilões o benefício que essa fonte gera ao sistema em termos de segurança energética, por sua produção ser regular e complementar à fonte hídrica.

“Outro fator que merece análise na metodologia dos leilões é o benefício que provemos à sociedade por apresentarmos um balanço ambiental positivo quanto à redução de emissões, principalmente quando comparado a termelétricas convencionais extremamente poluentes”, concluiu Zilmar Souza.