fbpx

Bioeletricidade precisa de política setorial para avançar

1 de setembro de 2011

undefinedUma política setorial dedicada à bioeletricidade ajudaria a desenvolver essa fonte energética, que tem um potencial equivalente à capacidade de geração de três usinas do porte de Belo Monte. A defesa foi feita pelo gerente de Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar de Souza, durante o 4º Fórum Internacional pelo Desenvolvimento Sustentável, “O Sustentar 2011

Em sua palestra “Bioeletricidade: a energia elétrica da cana”, Souza examinou o estágio atual dessa fonte na matriz de energia do País, discutiu a importância da bioeletricidade sucroenergética para o Brasil e comentou os tímidos resultados obtidos nos leilões de energia do Governo Federal, realizados no início de agosto. Ele destacou a contribuição que pode vir da bioeletricidade, quando se considera o aproveitamento mais intensivo do bagaço e da palha da cana-de-açúcar, cada vez mais disponível devido ao avanço da colheita mecanizada, que elimina a queima.

“A bioeletricidade é um hedge seguro e natural para o sistema elétrico e para as usinas a fio d’água, sem reservatórios que permitem a regularização do fluxo d’água, como serão Belo Monte e os principais grandes aproveitamentos da Região Norte do País. É uma geração concentrada no período seco, realizada com um combustível nacional, disponível em período regular e crítico para o nível de reservatórios das usinas hídricas, dando segurança de operação ao sistema,” explicou Souza.

A importância estratégica da Bioeletricidade para a matriz energética brasileira também foi abordada: “Até o fim do ano a bioeletricidade terá representado, com o pouco que hoje ofertamos à rede, uma geração altamente complementar às usinas hidrelétricas. Isto representa um ganho de mais de 5% na energia armazenada nos reservatórios da Região Sudeste e Centro-Oeste,” concluiu.

A bioeletricidade como produto sustentável foi um dos principais tópicos do evento, que atraiu cerca de 250 palestrantes com o tema “Sustentabilidade na prática: tendências globais, inovação, oportunidades e educação”. Este ano, a bioeletricidade passou a ser um dos assuntos prioritários do Projeto AGORA, uma das principais iniciativas de comunicação e marketing do agronegócio brasileiro. Em estando próprio o AGORA também levou ao evento o Labirinto Canavial, ferramenta audiovisual interativa que apresenta ao usuário perguntas sobre a cadeia produtiva da cana.

Para conhecer a nova iniciativa do Projeto AGORA para a bioeletricidade, visite o site www.bioeletricidade.com