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Bioeletricidade representou mais de 30% da potência em 2009

8 de janeiro de 2010

undefinedOs novos empreendimentos de geração à biomassa, matéria-prima da bioeletricidade, representaram 1.042 MW de potência instalada no País em 2009, ficando atrás apenas das termelétricas convencionais que totalizaram 1.063 MW. A informação foi divulgada na primeira semana de janeiro, no Relatório de Acompanhamento da Expansão da Oferta de Geração de Energia Elétrica, divulgado e disponível no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O total de potência instalada em 2009 foi de 3.373 MW.

A bioeletricidade ocupou a segunda posição, com mais de 30% do total, ultrapassando até as usinas hidroelétricas (UHEs), de maior porte, que somaram apenas 576 MW ao sistema. Na quarta posição ficaram as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), com 449 MW instalados, e por último a fonte eólica, com 242 MW.

De acordo com Zilmar Souza, Assessor de Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), a expansão em 2009 não foi mais representativa devido a fatores como a recente crise econômico-financeira, que prejudicou a cadeia produtiva do setor sucroenergético, além de questões próprias do setor elétrico, que ainda requer ajustes em seu modelo institucional para incentivar a geração de energia em pequena ou média escala.

“Para o efetivo aproveitamento da bioeletricidade há dificuldades com a conexão e o reforço das redes de transporte de energia, além do reconhecimento dos benefícios desta matriz na remuneração da energia no mercado.  Entre seus principais benefícios está a complementaridade com a geração hidrelétrica e seu balanço ambiental positivo, pois a bioeletricidade proporciona um considerável volume evitado de emissões de gases causadores do efeito estufa na matriz de energia elétrica”, aponta Souza.

Em 2009, o total de potência agregado pela bioeletricidade, 1.042 MW, significa mais de 7% da potência instalada pela Usina Itaipu, maior hidrelétrica em funcionamento no mundo. Mesmo ocupando a segunda posição em termos de potência nova instalada em 2009, a bioeletricidade ainda apresenta um considerável potencial para avançar dentro do setor elétrico. Estimativas da UNICA apontam que somente a venda de energia elétrica pelo setor sucroenergético poderá atingir 10.158 MW médios até a safra 2017/18, o que significaria uma reserva de energia para o sistema elétrico superior ao produzido por ano na Usina Itaipu