Esclarecer, educar e desmistificar o que erradamente se fala sobre biotecnologia aplicada à cultura da cana-de-açúcar no Brasil. Foi esta a motivação que levou os coordenadores do Projeto AGORA a incluírem o tema no Caderno do Professor, guia didático que faz parte do kit para debate em salas de aula da iniciativa educacional Estudo Municípios Canavieiros.
“Embora a biotecnologia seja praticada há milhares de anos por meio de processos simples como uso de fermento para produção de pão ou de vinho, a tecnologia da modificação genética foi apresentada há poucas décadas. Plantas e outros organismos podem ser geneticamente modificados para expressar uma característica favorável, como resistência às pragas ou aumento da produtividade,” explica Silvia Yokoyama, gerente de assuntos corporativos da Monsanto. A empresa é uma das integrantes do Projeto AGORA, que conta com a participação de oito companhias e 11 entidades ligadas à cadeia produtiva da cana-de-açúcar.
Yokoyama explica que o crescimento da biotecnologia no dia-a-dia justifica ampliar o espaço pedagógico dedicado ao tema: “Nem todos os professores têm acesso a esse tipo de informação e é importante que possam transmitir as informações a respeito de um tema atual de forma apropriada,” explica.
Em determinado trecho do Caderno do Professor sobre a matéria, o texto usa como exemplo um processo químico muito conhecido: “Quando o homem produz um alimento fermentado, como o pão, faz uso de processos biológicos a seu favor. Isso é biotecnologia, utilizada a milhares de anos. Com a evolução desse campo de pesquisas a partir dos conhecimentos de genética, é possível, por exemplo, aumentar o nível de sacarose de uma plantação de cana-de-açúcar, elevando a produção sem aumento da área plantada.”