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Blairo Maggi cumpre agenda de encontros com o setor sucroenergético

3 de maio de 2017

Em diversos encontros realizados nos últimos dois dias com representantes do segmento sucroenergético, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, discutiu temas importantes para a retomada do crescimento do setor e conheceu de perto a sustentabilidade da produção de cana no Estado de São Paulo (SP).

Na segunda-feira (01/05), após participar da abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), a agenda ministerial incluiu visitas à Cooperativa Agroindustrial de Jaboticabal (Coplana), para conhecer de perto as culturas de rotação amendoim-cana, e à fazenda Santa Isabel, onde Maggi acompanhou avançadas técnicas de manejo agrícola utilizadas nos canaviais brasileiros.

Na terça-feira (02/05), o ministro esteve na usina São Martinho, empresa associada à União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e considerada um modelo de produção sustentável no setor. Na edição de 2016 do anuário “As Melhores da Revista Dinheiro Rural”, publicação sobre práticas exemplares de gestão de empresas no Brasil, a São Martinho, juntamente com as companhias Raízen e Vale do Verdão, foi escolhida como uma das vencedoras da categoria “Açúcar e Biocombustíveis”.
Elizabeth Farina ressalta qualidades e necessidades do setor
Em tour pela unidade localizada no município de Pradópolis (SP), Maggi foi acompanhado por executivos da indústria sucroenergética, incluindo o presidente do Conselho Deliberativo da UNICA, Pedro Mizutani, a presidente da entidade, Elizabeth Farina, e o presidente do Siaesp e membro do Conselho de Administração do Grupo São Martinho, Marcelo Campos Ometto. Maggi observou inovações em todas as etapas agrícolas e industriais da fabricação de etanol, açúcar e bioeletricidade.

Os avanços no processo de colheita mecanizada, o plantio de mudas pré-brotadas (MPB), que vem diminuindo custos de produção no setor e uso de drones para pulverização de defensivos nos canaviais, este último ainda em fase experimental, chamaram a atenção do ministro durante a visita.

Elizabeth Farina acredita que o encontro “foi excelente oportunidade para mostrar a capacidade e o comprometimento do setor com a produção combustível, alimento e energia de forma competitiva e sustentável, além de discutir medidas que valorizem os inúmeros benefícios ambientais e socioeconômicos gerados pela atividade no Brasil, como o RenovaBio, por exemplo”.

Blairo Maggi tomando caldo de canaLançado pelo governo no final de 2016, o RenovaBio tem como objetivo principal tornar a matriz energética brasileira mais renovável até 2030, tendo em vista as metas de desenvolvimento sustentável assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris.

Diferenciação tributária entre o etanol e a gasolina, metas anuais de emissões de GEEs por segmento de combustíveis (ciclos Otto e diesel), linhas de financiamento mais adequadas à realidade econômica das usinas, expansão da bioeletricidade, inovações tecnológicas, aumento da eficiência dos veículos flex e instrumentos para a precificação de carbono foram algumas das contribuições da UNICA durante a fase de Consulta Pública do projeto, que deverá submetido à aprovação do Congresso Nacional no segundo trimestre deste ano.

Em apresentação feita ao ministro, Farina também mostrou uma radiografia da indústria canavieira no Brasil, destacando o papel que 380 unidades produtoras e 70 mil fornecedores de cana têm na geração de um Produto Interno Bruto (PIB) setorial de US$ 40 bilhões e para a manutenção de mais de 840 mil empregos diretos em 2016. A executiva também enfatizou o crescimento sustentável no cultivo de cana no País. Desde a década de 1970, a produtividade média dos canavais vem apresentando uma evolução de 3,5% ao ano.