A produção de sete milhões de veículos flex desde o lançamento dos carros bicombustíveis no Brasil, em março de 2003, foi um dos destaques da inauguração oficial da feira Brasil Biocombustíveis nesta segunda-feira (17/11/2008) em São Paulo. Realizada pela Apex-Brasil e pelo Arranjo Produtivo Local do Álcool (APLA), a feira acontece ao longo desta semana no Hotel Grand Hyatt, ao mesmo tempo que a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, organizada pelo Ministério das Relações Exteriores.
Para representar os mais de 70 modelos flex produzidos no Brasil, dez veículos foram alinhados lado a lado no evento, um de cada montadora que produz veículos bicombustíveis no País: Chevrolet, Citroen, Fiat, Ford, Honda, Mitsubishi, Peugeot, Renault, Toyota e Volkswagen. A partir de 2009, Nissan e Hyundai também prometem lançar modelos flex no mercado brasileiro.
Em pronunciamento, o ministro do desenvolvimento, indústria e comércio exterior, Miguel Jorge, afirmou que o número expressivo faz do Brasil o líder na produção mundial desse tipo de veículo. Ele lembrou que como segundo maior produtor de biocombustíveis do mundo, o Brasil responde por mais de 33% da produção e 37% do mercado global de etanol, e frisou: “Em cinco anos, seremos responsáveis por metade do comércio mundial de etanol.”
A ministra Dilma Roussef, da Casa Civil Participaram também os ministros Dilma Roussef da Casa Civil e Reinhold Stephanes da Agricultura, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O ministro das Relações Exeriores Celso Amorim foi representado pelo subsecretário-geral de energia e alta tecnologia do Itamarati, embaixador André Amado, e o vice-governador e secretário do desenvolvimento do estado de São Paulo, Alberto Goldman, representou o governador José Serra. Entre as lideranças do setor privado estavam o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, e o presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Sawaya Jank, que elogiou a iniciativa:
“Sete milhões de carros flex representam um marco inédito, mérito da iniciativa privada brasileira representada pelas indústrias automobilística e sucroenergética. É um exemplo concreto do sucesso do projeto brasileiro de biocombustíveis, confirmado pelas vendas de carros novos no País, já que hoje, quase 90% dos carros novos vendidos no Brasil são flex.”
Durante a cerimonia, o presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira, e o vice-presidente da Indy Racing League (IRL) dos Estados Unidos, Terry Angstadt, assinaram memorando de entendimento para tornar a Apex-Brasil patrocinadora da IRL, principal categoria do automobilismo mundial movida exclusivamente a etanol desde 2007. Com o patrocínio, a Apex-Brasil pretende utilizar o campeonato da Fórmula Indy para promover diversos produtos brasileiros nos mercados onde a categoria realiza corridas: Estados Unidos, Canadá e Japão.
Mais de 2,5 mil conferencistas e cerca de 80 ministros estrangeiros são aguardados para os dois eventos, além de representantes da imprensa nacional e internacional e de empresas estrangeiras.