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China quer fortalecer cooperação com Brasil para produção de etanol

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19 de novembro de 2008


Com um mercado que hoje consome 70 bilhões de litros de gasolina por ano, a China busca estreitar a cooperação com o Brasil para a produção de etanol de cana-de-açúcar, para reduzir sua dependência de petróleo e garantir benefícios para o meio ambiente, especialmente a redução na emissão de gases de efeito estufa. Essa é a expectativa do vice-ministro de Energia da Comissão de Desenvolvimento e Reforma Nacional da China, Sun Qin, uma das principais autoridades energéticas do governo chinês. Ele lidera uma missão que tem como objetivo conhecer de perto o setor sucroenergético brasileiro e participar do evento “Brasil Biocombustíveis”, realizado pelo governo federal nesta semana (17 a 21/11/2008), em São Paulo.


 




Os chineses já utilizam a mistura de 10% de etanol na gasolina (E10) em cinco de suas províncias, e têm como desafio adotar o E10 em todo o território nacional. “A China deseja continuar a cooperação técnica e de negócios com o Brasil e, desta forma, fortalecer a produção e o consumo de etanol em ambos os países”, afirmou Sun Qin.


 


 


 


 


 


“O mercado potencial da China é muito expressivo: seriam necessários 7 bilhões de litros de etanol por ano para garantir que o E10 fosse oferecido em todo o país”, afirmou o diretor-executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão de Sousa, que nesta segunda-feira (17/11/2008) acompanhou o grupo de chineses durante visita à Usina São João (USJ), em Araras (SP).


“Para se ter uma idéia, o Brasil exportou em 2007 perto de 3,5 bilhões de litros de etanol, ou seja, metade do que a China precisaria hoje para o seu mercado interno”, comparou Sousa, ressaltando que o maior mercado de gasolina do mundo, o americano, consome 500 bilhões de litros do derivado de petróleo por ano.



A delegação do ministro Sun Quin inclui executivos da PetroChina, uma das maiores petrolíferas e distribuidoras da China, e da COFCO, o mais importante agente chinês de produção de etanol de milho e também uma das maiores importadoras chinesas da soja brasileira.


 


Na visita à Usina São João, o grupo foi recepcionado pelo presidente da USJ, Hermínio Ometto. Com a visita, Sun Qin atendeu ao convite feito pelo presidente da UNICA, Marcos Jank, que visitou o ministro em seu país no mês de outubro.



Para saber mais sobre a viagem de Marcos Jank à China, clique aqui.


Para ver a apresentação em PDF do diretor-executivo da UNICA, Eduardo Leão de Sousa, clique aqui.