Em busca de cooperação e troca de informações nas áreas de açúcar e etanol, uma delegação de seis executivos que representam o Conselho Nacional da Indústria Leve da China, ou CNLIC (China National Light Industry Council) visitou nesta segunda-feira (21/09/2009) a sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) em São Paulo. A matriz energética brasileira, formada por 46% de energias obtidas de fontes renováveis, foi o principal tema do encontro.
Para a vice-presidente da CNLIC e líder da delegação, Pan Beilei, “o que o Brasil faz hoje em termos de redução de gases de efeito estufa é o que a China gostaria de fazer no futuro.” O grupo foi recebido pela assessora de relações institucionais da UNICA, Nayana Rizzo, que destacou em sua apresentação a participação da cana-de-açúcar na matriz energética brasileira, que já representa 16% do total – atrás do petróleo e à frente da hidrelétrica.
Políticas chinesas
A CNLIC é uma organização que funciona como ponte entre o governo chinês e os empreendedores do país, cuidando inclusive da promoção internacional da indústria leve chinesa através de intercâmbios e cooperação. A indústria leve chinesa responde por um terço de toda a produção industrial do país.
A China é atualmente a terceira maior produtora de etanol do mundo, atrás dos Estados Unidos e do Brasil, e líder na produção do biocombustível na Ásia. Cinco províncias já utilizam a mistura de 10% de etanol na gasolina (E10), algo que o governo chinês deseja adotar em todo o país dentro de sua estratégia de redução de gases causadores do efeito estufa.