Boxer: “O Brasil desempenhou e continua desempenhando um importante papel em favor do avanço global da indústria do etanol”Os esforços do Brasil ao longo de décadas para consolidar um mercado internacional para o etanol já mostram resultados, na opinião de uma importante senadora que representa o estado americano da Califórnia. Barbara Boxer, presidente do comitê de Meio Ambiente e Infraestrutura do Senado em Washington e reconhecida como importante voz em defesa do meio-ambiente em seu país, visitou a sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) em São Paulo (SP) na quinta-feira (05/04), acompanhada de integrantes de sua equipe técnica e do cônsul-geral do EUA no Brasil, William Popp.
“O Brasil desempenhou e continua desempenhando um importante papel em favor do avanço global da indústria do etanol e da criação de condições mais favoráveis para a estruturação desse mercado em termos mundiais,” afirmou Boxer após assistir a uma apresentação sobre o setor sucroenergético brasileiro conduzida pelo diretor de Comunicação Corporativa da UNICA, Adhemar Altieri.
No passado, Boxer sempre se posicionou a favor do livre comércio e foi uma das congressistas que liderou a luta pelo fim dos subsídios concedidos ao etanol de milho produzido nos EUA e da tarifa de importação imposta pelos americanos ao etanol importado, medida que tirava a competitividade do etanol brasileiro naquele mercado. No final de 2011, o Congresso dos EUA, após três décadas de renovações quase automáticas, não renovou os subsídios que custavam ao contribuinte americano cerca de US$ 6 bilhões por ano, permitindo que expirasse também a tarifa de US$ 0,54 imposta até então a cada galão (3,78 litros) de etanol importado.
Para Altieri, a visita da senadora e o grande interesse demonstrado por ela e sua equipe sobre o momento que atravessa o setor sucroenergético brasileiro mostram claramente que a visão mais arrojada sobre a questão do etanol ganha solidez entre os congressistas americanos.
“A senadora Boxer representa uma parcela crescente no legislativo dos Estados Unidos, que avalia questões essenciais, como a energética, de maneira mais pragmática e não influenciada exclusivamente por interesses locais ou específicos. Ela sempre compartilhou da posição defendida pela UNICA nos EUA, a favor do livre comércio e dos ganhos que isso deve produzir para o consumidor e para a própria produção de etanol naquele país, que tende a se tornar mais eficiente ao ser obrigada a competir em pé de igualdade com o produto importado,” afirmou Altieri.