A operação entre as empresas ETH e a Companhia Brasileira de Energia Renovável (Brenco), que em abril deste ano combinaram seus ativos no valor de R$ 7,3 bilhões, dando origem a ETH Bioenergia, recebeu o prêmio “Euromoney and Ernst & Young Renewable Energy Award”, um dos mais importantes no mercado mundial de energias renováveis. A transação entre as duas companhias associadas à União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) rendeu o primeiro lugar na categoria de Negócio do Ano – Infraestrutura.
O “Oscar Verde”, apelido dado à premiação que desde 2004 celebra as conquistas no setor privado que impulsionam o crescimento contínuo da indústria de energia renovável em diversos países, foi entregue em 20 de setembro, em Londres, ao diretor executivo-financeiro da ETH, Luciano Nitrini Guidolin. “Este prêmio reconhece o importante papel que a produção brasileira de etanol exerce no mercado mundial de energias renováveis. A relevância da operação ETH-Brenco é significativa se considerarmos que os organizadores também avaliaram outras transações deste tipo realizadas ao redor do mundo,” afirma Guidolin.
Para Eduardo Leão de Sousa, diretor executivo da UNICA, operações comercias semelhantes à parceria entre ETH-Brenco ainda vão se intensificar no setor sucroenergético nacional. “Este processo de consolidação é natural, as empresas estão fazendo isso em busca de ganhos de eficiência. Com o avanço na produção e uso do etanol no Brasil, negócios deste tipo serão mais frequentes, visto que hoje os 20 maiores grupos controlam menos de 50% do mercado brasileiro,” avalia.
Metas
Segundo a ETH, empresa criada em 2007 que estabeleceu a presença do Grupo Odebrecht na indústria de biocombustíveis do Brasil, a combinação de ativos com a Brenco já vem rendendo frutos. Em agosto, foi inaugurada em Goiás a Unidade Morro Vermelho, e em novembro entra em operação a Unidade Alto Taquari, no estado do Mato Grosso. A empresa informa que pretende buscar a liderança na produção de etanol e energia elétrica a partir da biomassa, com a moagem atingindo 40 milhões de toneladas de cana até 2012.
Para atingir esse objetivo, a empresa já investiu R$ 3,8 bilhões e tem compromissos de aportes adicionais de R$ 3,5 bilhões, levando suas nove unidades à capacidade máxima de produção.