Menos de nove meses após sua concepção, os contratos futuros de etanol hidratado negociados na BM&FBovespa dão sinais de vigor. Em fevereiro foram transacionados 6.130 contatos, quase o dobro do apurado em janeiro (3.221 contratos). Para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), o avanço gradativo desta opção de seguro (hedge) para agentes envolvidos na cadeia produtiva são bastante positivos.
“Observamos com satisfação que este contrato evolui na Bolsa, sem dúvida uma opção a mais para produtores, distribuidores e agentes de comercialização que desejam um planejamento financeiro adequado de suas operações. O contrato de etanol hidratado se configura como um instrumento de gestão importante na composição do fluxo de caixa e, principalmente, de redução de riscos de mercado para as empresas,” avalia Eduardo Leão de Sousa, diretor executivo da UNICA.
Fabiana Perobelli, gerente de produtos do agronegócio da BM&FBovespa comenta que o resultado tem sido muito bom: “A expectativa é que aos poucos o mercado naturalmente busque os contratos de etanol hidratado, o que já vem ocorrendo dadas as consultas cotidianas de empresas que querem operar na bolsa”.
A gerente explica que, pelos números apurados em fevereiro, a média é de 300 contratos por dia, o equivalente a nove mil metros cúbicos de etanol hidratado (um contrato equivale a 30 metros cúbicos). Para se ter uma ideia, no mercado físico são negociados em média 50 mil metros cúbicos por dia. “Estamos a caminho de um amadurecimento. O contrato futuro tem substância e acredito que quando atingirmos a marca de mil contratos por dia, estaremos em um patamar interessante,” concluiu.