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COP-15: etanol de cana é melhor alternativa para reduzir emissões

17 de dezembro de 2009

undefinedO etanol feito de cana-de-açúcar é a melhor alternativa hoje disponível no setor de transportes para reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa, defendeu na quarta-feira (16/12), em Copenhague, na Dinamarca, o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Jank. Sua afirmação foi feita durante o seminário “O Potencial Global dos Biocombustíveis”, na quarta-feira (16/12), organizado pelo Climate Consortium Denmark como parte da 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 15), em Copenhague.

“A opção concreta e viável a curto prazo para reduzir as emissões é o etanol de cana, uma tecnologia que o Brasil detém e que os países em desenvolvimento deveriam observar”, avaliou Jank. Seus argumentos foram complementados por Steen Riisgaard, presidente e CEO da empresa Novozymes, uma das maiores empresas de biotecnologia do mundo: “Os biocombustíveis são a melhor opção aplicável em grande escala”, afirmou Riisgaard.

Para o chefe da área de Mudanças Climáticas da consultoria Mckinsey & Company, Jens Riese, que moderou o debate, o setor de transportes possui três alternativas para a descarbonização: melhorar a eficiência dos combustíveis; a eletrificação, que não será capaz de gerar reduções de emissões significativas nos próximos anos; e os bicombustíveis, alternativa já existente e rapidamente aplicável.

Uso Indireto do Solo

Durante o debate, questionou-se sobre a relação entre as Mudanças Indiretas no Uso do Solo (ILUC, na sigla em inglês) e supostos impactos causados pela produção de biocombustíveis. Marcos Jank defendeu que o cálculo destes efeitos devem ter como base com a ciência, e que o setor sucroenergético o levará em conta desde que os modelos existentes sejam adequados à realidade, feitos com dados confiáveis.

O fundador e CEO da POET, nos Estados Unidos, Jeff Broin, que também participou do debate, destacou que a agricultura e a produção de biocombustíveis sofreram diversas alterações e melhorias nos últimos anos. Para ele, não há motivos para que o modelo de produção não seja replicado no mundo inteiro.

O deputado Federal Luciano Pizzato (DEM-PR), mostrou os benefícios gerados na produção da cana-de-açúcar tanto em termos sociais quanto ambientais. Ressaltou ainda que  esta indústria no Brasil não tem avançado com desmatamento, muito ao contrário, mas sim com ganhos de produtividade.

A participação da UNICA na COP 15 é a maior por parte da entidade dentre todas as reuniões do gênero já realizadas, e acontece como parte do projeto Apex-Brasil/UNICA, iniciado em janeiro de 2008. Trata-se de uma parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), para promover a imagem do etanol brasileiro de cana-de-açúcar como energia limpa e renovável ao redor do mundo.