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COP-16: Bioplásticos são destaque em palestras e estande da UNICA

9 de dezembro de 2010

O chamado “plástico verde”, ou “bioplásticos”, vem roubando a cena no estande da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) no Pavilhão Brasil, e nos eventos de que a entidade está participando durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-16) que ocorre em Cancun, no México, até o dia 10/12. O relato é do gerente de meio-ambiente da UNICA, Luiz Fernando do Amaral, que participa das ações que vem sendo realizadas em Cancun.

“A coqueluche do nosso estande não foi o etanol ou a bioeletricidade, produtos já bem conhecidos, mas sim os bioplásticos, que não usam matérias-primas fósseis. Uma prova de que o Brasil está se adaptando rapidamente ao mundo pós-petróleo, de baixo carbono,” afirmou Marcos Jank, presidente da UNICA, nos eventos paralelos do Pavilhão Brasileiro organizados pela Braskem e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) na última terça-feira (07/12).

Jank fez um breve apanhado sobre a história do etanol no Brasil, os avanços do setor sucroenergético e  destacou alguns instrumentos para promoção da sustentabilidade. Um dos exemplos é o Projeto RenovAção, cuja essência é a requalificação dos trabalhadores de corte manual da cana impactados pelo avanço da mecanização na colheita de cana. “Temos uma agenda fortíssima nesta matéria que deve servir, sem qualquer demagogia,  de exemplo a outros setores,” afirmou.

No evento da Braskem – “Contribuições da indústria química brasileira” –, os diretores de sustentabilidade da Braskem e da Odebrecht,  Jorge Souto e Sérgio Leão, respectivamente, falaram sobre o polietileno verde, que tem consumido pesados investimentos. Ao lado de Carla Pires, diretora de sustentabilidade da ETH, eles analisaram o futuro desta indústria e o que o Brasil pode contribuir no cenário global.

Amaral, da UNICA, lembrou o exemplo da Coca-Cola com o chamado “PlantBottle”, garrafa do tipo PET que utiliza 30% de etanol derivado de cana-de-açúcar como matéria-prima. “O plástico verde é um caminho sem volta,” afirmou.

Já no seminário promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), cujo tema foi “A caminho de uma economia de baixo carbono, contribuições da indústria brasileira”, a diretora executiva do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico, Silvia Calou, disse que é preciso dar um passo além na questão do uso de energias elétricas renováveis. “Propomos um selo para este tipo de produto que tem a vantagem da não emissão (de gases de efeito estufa), o que também serve para diferenciá-la da eletricidade fóssil,” explicou.

A participação da UNICA na COP-16 ocorre com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Durante o evento, no estande instalado no Pavilhão Brasil, a UNICA realiza sessões de apresentação da Usina Virtual, ferramenta multimídia interativa que mostra todas as etapas da produção de açúcar e etanol, desde o plantio da cana até a entrega dos produtos finais.