O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) está terminando de montar uma fábrica com capacidade para produzir 1 milhão de mudas de cana-de-açúcar por mês. A chamada “biofábrica”, prevista para ser inaugurada no final deste mês (fevereiro de 2009), foi construída dentro do CTC com investimentos de R$1 milhão, e pretende dobrar a produção atual de 500 mil mudas por ano.
De acordo com o diretor-técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Pádua Rodrigues, o novo projeto demonstra a confiança dos associados na atuação do CTC e a disposição para investir em pesquisa e desenvolvimento. “Os investimentos em novas tecnologias permitem às empresas do setor obter retorno por meio do aumento de sua competitividade no mercado”, acrescentou.
Entre os ganhos que a “biofábrica” trará aos associados do CTC está a redução da área de viveiros para multiplicação da cana-de-açúcar, necessária para o plantio das mudas diretamente no solo. As plantas desenvolvidas em laboratório poderão ser fornecidas pelo CTC e substituirão o processo de multiplicação em campo. Além disso, as mudas terão garantia de sanidade, o que não é possível no cultivo de campo, onde a cana está sujeita a pragas.
O CTC terá ainda este ano a sua primeira planta piloto de produção de etanol celulósico, também conhecido como etanol de segunda geração, a partir do projeto de parceria com a empresa dinamarquesa Novozymes (clique aqui e leia mais). O etanol celulósico é produzido a partir da celulose contida no bagaço e na palha da cana-de-açúcar, pelo uso de enzimas.
Segundo Osmar Figueiredo Filho, diretor de Mercado e Oportunidades do CTC, em entrevista à Agência Estado, a planta-piloto precisa ser criada para que as pesquisas sejam aplicadas. É o estágio anterior à unidade de demonstração, que já terá capacidade de produção de etanol maior e que será sucedida pelas unidades com escala industrial.
O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) é a principal entidade de pesquisa e desenvolvimento de cana-de-açúcar do País e completará 40 anos neste ano.
