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Decisão do governo de financiar estocagem de etanol foi acertada, defende Jardim

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9 de março de 2009

 
O vice-líder do PPS, deputado federal Arnaldo Jardim, saudou a decisão do governo federal de liberar R$ 2,5 bilhões para financiar a estocagem de cinco bilhões de litros de etanol na safra 2009/10, anunciada Ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, nesta quinta-feira (05/03/2009).


“A medida é oportuna e merece o nosso apoio, diante da sensibilidade demonstrada pelo governo federal neste momento em que o nosso setor sucroalcooleiro encontra dificuldades na captação de crédito para garantir o capital de giro necessário para manter as suas atividades e investimentos. Demorou, mas chegou em boa hora, até porque é uma garantia a mais contra a oscilação dos preços do biocombustível no mercado interno, que tanto tem comprometido a saúde financeira de toda a cadeia produtiva sucroalcooleira”, destaca Jardim, que é membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal.


O deputado também destaca o importante papel da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), por meio do seu presidente Marcos Sawaya Jank, na “costura” deste acordo. “Acompanhei a dedicação e o empenho do Marcos Jank na defesa do setor, em sua peregrinação e no debate junto ao Governo para conseguir estes recursos”, comemora o deputado. “Sem isso (o financiamento da estocagem), poderíamos ter um desequilíbrio no mix de produção na safra 2009/2010, com um predomínio da produção de açúcar em detrimento da produção de etanol, em virtude de um mercado internacional mais remunerador para o açúcar. Isso poderia refletir negativamente nos preços do etanol no mercado interno”, alerta Jardim.


Os recursos para a warrantagem são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e estarão disponíveis a partir de maio, início da safra 2009/10. Ainda falta uma definição sobre os agentes financeiros, além do Banco do Brasil, que poderão repassar os recursos, assim como detalhes sobre as garantias a serem exigidas para a concessão do crédito, além da relação de 1,5 litros para cada litro financiado, já anunciada.


Entretanto, o deputado argumenta que ainda é preciso analisar detalhadamente todo o conteúdo da medida, inclusive a taxa de juros a ser praticada, além de cobrar que a medida seja efetivamente colocada em prática. “Não podemos correr o risco de reeditarmos o que aconteceu com o crédito imobiliário, em que foram anunciados R$ 3 bilhões, via Caixa Econômica Federal, mas após três meses, apenas 5% do total de recursos foi implementado”, alerta Arnaldo Jardim.