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Discussão sobre combustíveis renováveis deve ser ampliada

8 de outubro de 2010

O etanol é hoje a melhor alternativa para garantir a segurança energética de países que precisam reduzir sua dependência dos combustíveis fósseis. Esta é a proposta dos representantes da empresa Gen-Next, que reúne executivos orientados a encontrar soluções para as gerações futuras no que se refere ao crescimento econômico, educação e segurança internacional. O grupo visitou a sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA),em São Paulo, na segunda-feira (05/10).

Para o diretor sênior da Gen-Next, Wade Lairsen, o etanol é uma ferramenta de desenvolvimento econômico, social e ambiental. “Seja o etanol de cana, de milho ou petróleo, desejamos diferentes combustíveis para competirem entre si, e que exista um mercado para todos. O Brasil é um grande exemplo: as pessoas podem ir aos postos de combustíveis e escolher se querem abastecer com etanol ou gasolina,” afirma.

Os dirigentes da Gen-Next são pessoas que servem ou já serviram à Casa Branca, o Departamento de Estado dos EUA, a Câmara de Comércio dos EUA, além de CEOs de diversas multinacionais. “Somos uma organização focada em ajudar a educar o público sobre as mais relevantes questões mundiais. Gostaríamos de trabalhar em conjunto com empresas brasileiras, para educar as pessoas neste sentido em uma escala maior,” complementou Lairsen após assistir apresentação da assessora de Relações Institucionais da UNICA, Nayana Rizzo, que abordou a evolução do setor sucroenergético brasileiro e suas perspectivas.

Parceria

Estados Unidos e o Brasil, os maiores produtores e consumidores de combustíveis renováveis do planeta, assinaram um acordo de cooperação em biocombustíveis em março de 2007. Desde o início de 2010, o etanol de cana é reconhecido pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) como um “biocombustível avançado,” que reduz a emissão de gases causadores do efeito estufa em 61% comparado com a gasolina.

Em parte devido ao reconhecimento do etanol brasileiro como “avançado,” o potencial de exportação do etanol brasileiro para os Estados Unidos é de até 15 bilhões de litros anuais até 2020, para suprir parte da demanda programada para ser preenchida por biocombustíveis avançados no mercado americano. Mas para que isso aconteça, será preciso enfrentar as altas tarifas impostas pelos EUA ao etanol importado e viabilizar o escoamento mais eficiente da produção no Brasil, com investimentos em infraestrutura e tecnologia de produção.