O Brasil já está bem-adiantado em relação aos Estados Unidos (EUA), quando se trata de combustíveis. A afirmação é do consultor da empresa texana Houston BioFuels, Logan Caldwell, que acompanhou uma delegação americana de produtores de etanol de milho em visita à União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), nesta terça-feira (16/09/08).
A conclusão dele tem como base o fato de o Brasil utilizar, há anos, o E25 (mistura de 25% de etanol à gasolina), enquanto os americanos estão querendo adequar a sua frota de veículos para a utilização do E20 (20% de etanol).
Em 70% do território dos EUA já se utiliza o E10 (10% de etanol). Porém, a adoção de um volume maior de etanol misturado à gasolina é hoje um dos principais desafios da indústria americana de biocombustíveis. “O Brasil solucionou o problema que é hoje um dos maiores para o etanol americano, por isso, nossos empresários decidiram conhecer de perto a indústria brasileira de etanol”, ressaltou Caldwell.
Em apresentação realizada pela relações institucionais da UNICA, Carolina Costa, a delegação se mostrou muito interessada pelo projeto BEST (BioEthanol for Sustainable Transport), responsável pelo ônibus movido à E95 (5% de aditivo e 95% de etanol). “Impressionante. É como um flex para veículos pesados!”, afirmou um dos integrantes do grupo de americanos sobre o projeto, coordenado pelo Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cembio), apoiado pela UNICA e mais sete parceiros.
Nesta quinta-feira (18/09/08), a delegação visitou a usina sucroenergética Santa Elisa, do Grupo Santelisa Vale, em Sertãozinho (SP), para conhecer o processo de produção de açúcar, etanol e bioeletricidade.