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Estado de SP e Filipinas assinam cooperação de agroenergia

3 de julho de 2009

Com o objetivo de difundir e exportar tecnologia em agroenergia, principalmente envolvendo a cana-de-açúcar, o governo do Estado de São Paulo assinou na quinta-feira (25/06/2009) um protocolo de cooperação técnica com as Filipinas. O acordo foi assinado no gabinete do secretário de Agricultura e Abastecimento paulista, João Sampaio, e fez parte de uma visita oficial do governo filipino ao Brasil, liderada pela presidente do país, Glória Arroyo.

O documento, assinado por Sampaio e pelo secretário do Departamento da Agricultura das Filipinas, Arthur Yap, prevê ampla cooperação científica e tecnológica com assistência mútua nas áreas de pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia, educação e treinamento de pessoal. A operacionalização do acordo será feita pelo Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC), um dos seis institutos de pesquisa da Secretaria de Agricultura de São Paulo, e o Departamento de Agricultura da República das Filipinas.

Formada por 50 pessoas, a delegação das Filipinas visitou o Brasil na semana de 22 a 26 de junho e se reuniu em Brasília com autoridades do governo federal e representantes do setor sucroenergético, representados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). Antes da assinatura do protocolo com o governo paulista, o diretor executivo da UNICA, Eduardo Leão de Sousa, e a relações institucionais da entidade, Carolina Costa, se reuniram com o grupo em Brasília na quarta-feira (24/06/09), para fornecer mais informações sobre o setor sucroenergético brasileiro, considerado pelas Filipinas um modelo a ser seguido.

Para Sousa, o acordo assinado com São Paulo é um exemplo para outros países e um grande avanço na comoditização do etanol. Segundo ele, mais acordos dessa natureza são essenciais, assim como investimentos e políticas que incentivem o consumo e a produção de biocombustíveis.“É fundamental que os países desenvolvidos ampliem o acesso aos seus mercados. É inadmissível que o petróleo circule livremente pelo mundo, sem qualquer barreira, enquanto o etanol, um combustível renovável e comprovadamente mitigador do efeito-estufa que causa o aquecimento global, ainda enfrente tantas barreiras tarifárias e não tarifárias no acesso aos países desenvolvidos”.