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Estudo da Unesp aponta vantagens para solo coberto com palha

27 de julho de 2011

Cientistas da Faculdade de Ciência Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), campus Jaboticabal, divulgaram no início de julho um estudo que comprova que o solo, quando coberto com palha de cana-de-açúcar, emite menos gás carbônico na atmosfera e contribui para diminuir a liberação de gases causadores do efeito estufa. Para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), os benefícios vão além das emissões, já que a palha, que permanece no solo após a colheita mecanizada, exerce uma função de proteção contra a erosão ao estruturar, impermeabilizar e compactar o terreno.

“Coberto com palha, o solo fica menos exposto e a sua funcionalidade é preservada. A palha também exerce uma função microbiológica ao formar uma flora de organismos, que ao se decompor, introduzem na terra  organismos essenciais para a manutenção, por um período maior, do plantio da cana-de-açúcar,” explica Daniel Lobo, consultor de responsabilidade ambiental corporativa da UNICA.

Para chegar à conclusão de que o solo coberto com palha agride menos a atmosfera, os pesquisadores consideraram o uso de óleo diesel, fertilizantes e outros produtos. Ao final dos testes, constataram que um sistema típico de cultivo da indústria da cana-de-açúcar emite três mil quilos de CO2 por hectare, e que a retirada da palha acrescentaria 400 quilos a esse total. O estudo foi coordenado pelo físico Newton La Scala Júnior.

Alfred Szwarc, consultor de Tecnologia e Emissões da UNICA, afirma que o estudo possibilita conhecer melhor a dinâmica de manejo do solo agrícola e traz elementos para que se possa avaliar os benefícios ambientais resultantes da manutenção da palha no campo. Szwarc esclarece que esses benefícios agregam ainda mais sustentabilidade à cultura da cana e, consequentemente, aos produtos derivados da planta.