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Estudo de Stanford traz novo trunfo da cana contra aquecimento

25 de abril de 2011

Canaviais contribuem para reduzir a temperatura local. A conclusão é um dos destaques de um estudo publicado no dia 17 de abril por pesquisadores da renomada Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Eles avaliam que ao refletir a luz solar e aumentar a umidade do ar próximo, a cana traria um benefício adicional para o combate às mudanças climáticas e aos efeitos do aquecimento global.

Para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), o estudo introduz um novo e importante benefício ambiental proporcionado pela cana, ampliando ainda mais o leque de impactos positivos que a planta proporciona.

“Este estudo mostra esse impacto específico de redução de temperatura local pela primeira vez e de forma acadêmica, com impacto quantificado. Para nós, no Brasil, isto é muito relevante,” afirma Luiz Fernando do Amaral, gerente de Sustentabilidade da UNICA. Ele lembra que como o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar já reduz emissões de dióxido de carbono (CO2) em até 90% se usado em substituição à gasolina, um índice de redução reconhecido por instituições de peso de várias partes do mundo é importante.

“O passo adicional dos pesquisadores de Stanford foi diagnosticar que as plantações de cana também possuiriam outro impacto benéfico no combate às mudanças climáticas,” explica. O resultado do trabalho dos pesquisadores americanos foi a conclusão de que plantações de cana reduzem a temperatura local, comparadas com outras culturas ou pastagens. “Este fenômeno ocorreria em decorrência do fato de a cana refletir mais a luz do sol e fazer com que o ar fique mais úmido quando comparado a outras produções agropastoris,” completa Amaral.

O trabalho americano mostra que, ao crescer sobre áreas de pasto ou outras culturas agrícolas, a cana ameniza o calor em uma determinada região, levando a uma redução média de 0,9 graus centígrados. “Nossos resultados indicam que a expansão da cana-de-açúcar em áreas agrícolas e pastagens têm um efeito direto para o resfriamento da temperatura local, que reforça os benefícios indiretos deste uso do solo para o clima,” conclui o trabalho dos pesquisadores de Stanford.