Em um futuro que parece cada vez mais próximo, será possível produzir etanol a partir de uma variedade impressionante de tipos de biomassa, por meio de um processo de gaseificação envolvendo bactérias especialmente desenvolvidas para essa finalidade.
Esta realidade aparentemente futurista, que deve ser testada comercialmente até 2011, foi apresentada nesta sexta-feira (23/05/2008) por executivos da Coskata ao presidente da UNICA, Marcos Jank, durante visita à sede da empresa em Warrenville, nos arredores de Chicago, nos Estados Unidos.
Considerada uma das empresas mais avançadas no desenvolvimento do chamado etanol de segunda geração, a Coskata conta com apoio de diversos patrocinadores, entre eles a General Motors e o renomado investidor indiano Vinod Khosla. A empresa vem aprimorando o processo e já realiza testes de laboratório com pelo menos uma dúzia de tipos de biomassa, como restos de madeira, capim, pneus e lixo urbano. Segundo o vice-presidente de novos negócios, Wes Bolen, a eficácia do processo criado pela Coskata está atrelada às bactérias, que são desenvolvidas para acelerar a transformação da biomassa gaseificada em etanol.
Após conhecer as instalações e o andamento das pesquisas da Coskata, Jank comentou que é “impressionante” a rapidez com que projetos de etanol de segunda geração estão avançando nos Estados Unidos. “O Brasil precisa ficar atento, para não perder a liderança e competitividade que tem hoje no etanol”, concluiu o presidente da UNICA.
Os dados apresentados pelos executivos da Coskata incluem vários indicadores específicos, que projetam a eficiência do etanol que será produzido futuramente pelo sistema de gaseificação de biomassa. São números muito próximos, e em alguns casos superiores, aos hoje apresentados pelo etanol de cana-de-açúcar produzido no Brasil. Também participaram da visita pela UNICA o representante-chefe em Washington, Joel Velasco, e o diretor de comunicação corporativa, Adhemar Altieri.
