Atentos às explicações sobre o tema “Bioenergia e produção de etanol”, sindicalistas brasileiros e italianos ouviram o consultor de bioeletricidade da UNICA, Onorio Kitayama, que foi um dos palestrantes no “Intercâmbio Sindical Brasil–Itália”, encerrado nesta quarta-feira (07/05/08) e promovido pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo.
Segundo Onorio, após a apresentação, Fabrizio Rogoldi, presidente da União Italiana dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas (Uilcem), não poupou elogios ao conhecimento adquirido pelo Brasil ao longo de mais de 30 anos de pesquisas na produção de etanol e, mais recentemente, no desenvolvimento de energia à base de biomassa.
Rigoldi também se mostrou favorável à massificação do uso dos biocombustíveis em seu país, mas ponderou que para isto acontecer, primeiro será necessário que a União Européia (UE) reveja suas barreiras tarifárias e sua política de subsídio aos insumos agrícolas, que dificultam a entrada do etano brasileiro no continente.
Sua posição é claramente contrária à declaração de outro colega europeu, Dominique Strauss, diretor-gerente do FMI, que recentemente atribuiu a alta nos preços dos alimentos aos investimentos na produção de biocombustível.
Na avaliação do consultor da UNICA, a oportunidade de falar sobre etanol e bioenergia num evento onde as discussões são majoritariamente de ordem sindical, e ainda obter a aprovação daqueles cujos países integram a UE, é um resultado positivo diante de todo o esforço feito pelo governo e pelo setor sucroalcooleiro para desmistificar a imagem negativa dos biocombustíveis pelo mundo.
