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Etiópia quer aumentar produção de cana em 10% até 2015

27 de maio de 2011

Em quatro anos, a Etiópia pretende moer mais de 3,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, aumentando a produção de açúcar e a oferta de etanol combustível e reduzindo a dependência do petróleo, hoje quase todo importado por aquele país.

“Esperamos incrementar em 10% a produção de cana neste período, e para isso viemos ao Brasil observar como funciona um modelo bem sucedido e pensar em possíveis acordos de cooperação entre os dois países,” informou o embaixador da Etiópia no Brasil, Wuletaw Hailemariam, que acompanhou a visita de uma comitiva do seu país liderada pelo ministro da Agricultura, Bizualem Bekele Mogese, à usina Costa Pinto, em Piracicaba (SP), no dia 20 de maio.

Ao conhecer a unidade do Grupo Cosan, associado à União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Mogese se disse impressionado com a produtividade alcançada nos canaviais brasileiros, especialmente por causa das modernas tecnologias aplicadas na fabricação do açúcar e do etanol.“É inovador como o Brasil aproveita ao máximo o potencial da cana-de-açúcar. Além de incentivar a expansão da produção, isso mantém o País como um grande exportador,” observou o ministro etíope.

O governo da Etiópia tem estimulado a diversificação das fontes de energia no setor de transportes, principalmente após adotar a mistura de 5% de etanol à gasolina em outubro de 2008.

Atualmente, três usinas de processamento de cana são responsáveis pela produção de 21 milhões de litros de etanol e 300 mil toneladas de açúcar por ano no país.
A visita do ministro da Agricultura da Etiópia foi intermediada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ligado a Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo do PNUD é promover o desenvolvimento econômico e social de países pobres ao redor do mundo, principalmente por meio de políticas públicas sustentáveis.

A produção e utilização de combustíveis renováveis no Brasil têm chamado a atenção dos organizadores do programa no continente africano. Na opinião da representante do PNUD no Brasil, Rose Diegues, o etanol de cana simboliza “uma alternativa energética renovável de grande produtividade neste sentido”.