O diretor executivo da UNICA, Eduardo Leão de Sousa, apresentou o caso brasileiro como um dos mais bem-sucedidos exemplos na utilização de energias alternativas em mercados emergentes.
Leão mostrou o desempenho do setor sucroalcooleiro no Brasil, da produção de etanol a bioeletricidade, no evento “Ampliando a energia alternativa: O papel dos mercados emergentes”, na Fletcher School, da Tufts University, em Boston, EUA, no dia 11 de abril.
Entre os assuntos debatidos, estavam desenvolvimento de energias sustentáveis, globalização, promoção de novas tecnologias em mercados emergentes e o estímulo às alternativas de produção de energia, como políticas e financiamentos.
Dentre outras questões, Leão ressaltou as oportunidades que outros países de clima tropical podem ter na produção de etanol e geração de bioeletricidade.
“A produção de etanol pode ser um importante mecanismo indutor de desenvolvimento rural e de independência energética para mais de 100 países, além da forte contribuição para a mitigação do aquecimento global”, enfatizou o executivo da UNICA.
Ele criticou ainda as barreiras tarifárias e não-tarifárias praticadas pelos países desenvolvidos e defendeu uma política de comércio de etanol equivalente à dos combustíveis fósseis, comercializados livremente, sem quaisquer restrições entre os países. “O nosso maior objetivo é o de tornar o etanol uma commodity global”, acrescentou.
Além de representantes de governos, empresas e da academia de diversos países, como EUA, China, Índia e Israel, também participaram do evento o professor José Roberto Moreira, da USP, que falou sobre a tecnologia da produção do etanol, e um representante do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que apresentou o programa do Banco para o incentivo à produção de etanol na América Latina e Caribe.
FOTO: da esq. para dir., o moderador Joseph A. Stanislaw, da JAStanislaw Group LLC e presidente-aposentado da Cambridge Energy Research Associates; Jose Moreira, professor da USP e diretor da Biomass Users Network (Brasil); Polly Shaw, diretora de relações externas da SunTech Power Holdings Co. (China); Isaac Berzin, desenvolvedor de captura biológica e armazenamento de dióxido de carbono da Greenfuels; e Eduardo Leão de Sousa, diretor-executivo da UNICA.