undefinedUm fórum on-line sobre como alcançar metas energéticas globais de longo prazo, organizada pela The Economist Conferences, marcado para esta sexta-feira (18/11), é o tipo de evento que precisa ocorrer com mais frequência para que alternativas energéticas eficientes e já disponíveis sejam melhores difundidas e compreendidas mundialmente. A opinião é do presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Jank, um dos participantes da “Global Energy Conversation-Part II” (Conversas sobre Energia Global, segunda parte), que reunirá simultaneamente especialistas do assunto participando ao vivo a partir de Londres, Washington e São Paulo.
A primeira edição da série, realizada em junho deste ano, atraiu mais de 1600 especialistas, acadêmicos, executivos do setor e jornalistas em 91 países que acompanharam a discussão via internet. A adesão é gratuita e permite que se envie comentários e perguntas aos palestrantes.
“Discussões sobre o futuro da energia muitas vezes se concentram em possibilidades que parecem ideais e atraentes, mas não estarão disponíveis por muitos anos. Enquanto isso, alternativas concretas e existentes, soluções renováveis reconhecidas e comprovadas que de fato reduzem as emissões dos gases de efeito estufa e os custos com a energia, não recebem a devida atenção,” afirma Jank, que vai participar do diálogo em um estúdio montado pela Economist no Hotel Renaissance de São Paulo .
Para Jank, a falta de informação faz com que opções disponíveis e eficientes – caso do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, utilizado há décadas no Brasil – enfrentem críticas descontextualizadas e questionamentos já esclarecidos repetidas vezes. “O etanol brasileiro é reconhecido em vários estudos internacionais por ser um combustível limpo e renovável, capaz de reduzir em até 90% as emissões de gases que causam o efeito estufa quando comparado à gasolina. Mesmo assim ele é pouco comercializado no mundo devido a elevadas tarifas e barreiras comerciais impostas ao produto, enquanto o petróleo e seus derivados transitam livremente, sem obstáculos” acrescenta, frisando que o etanol é uma solução viável para mais de 100 países no mundo que já cultivam a cana-de-açúcar.
O fórum on-line organizado pela Economist Conferences abordará tanto a questão tecnológica como políticas em torno do tema, buscando um horizonte de longo prazo. O presidente da UNICA espera que além do uso do etanol de cana como alternativa energética global, os participantes também examinem pontos como o uso da bioeletricidade produzida nas usinas brasileiras a partir da queima do bagaço da cana.
Esta opção permite que todas as unidades que processam cana no Brasil sejam auto-suficientes em termos de energia elétrica, enquanto várias delas já comercializam o excedente para a rede nacional de distribuição.
Além do presidente da UNICA, estão confirmadas as seguintes participações:
Em São Paulo:
José Goldemberg – Ex-secretário do meio-ambiente de São Paulo e professor emérito da USP
Allan Kardec Duailibe – Diretor da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
Paulo Puterman – Diretor da Inovah Energia
Em Washington:
Ed Whittingham – Diretor Executivo, Pembina Institute
Alex Laskey – Presidente da Opower
Gregory Kats – Presidente, Capital E
Em Londres:
Wim Thomas – Assessor-Chefe para Assuntos Energéticos, Royal Dutch Shell
Joan MacNaughton – Diretora Executiva do World Energy Council para o Relatório de Avaliação de Políticas Energéticas 2011 (Energy Policies Assessment Report)
O evento sera moderado a partir de Londres pelo diretor editorial e economista-chefe da Economist Intelligence Unit (EIU), Robin Bew. O “Global Energy Conversation” será transmitido via Internet às 12h30, horário de Brasília (9:30 horário de Washington, 14:30 horário de Londres).
Para registro e participação, gratuita, clique aqui e acesse o endereço eletrônico.