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Governadores de Estados americanos querem mais etanol na gasolina

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12 de março de 2009

Um grupo de governadores americanos se diz otimista com a proposta de aumentar a mistura de etanol na gasolina de 10% para 13%, segundo a agência internacional de notícias Reuters. Os membros da Coalizão dos Governadores pelos Biocombustíveis exigem que a agência de proteção ambiental americana (U.S. Environmental Protection Agency, ou EPA) publique um parecer favorável à venda de gasolina com mais etanol.

A resposta da administração do presidente Barack Obama foi encorajadora, segundo o governador do Estado de Iowa, Chet Culver, que é vice-presidente da coalizão. De acordo com Culver, Obama e o ministro da agricultura americano Tom Vilsack têm dado apoio aos governadores interessados em ampliar o uso de biocombustíveis para reduzir a dependência do petróleo.

“A EPA deverá analisar com seriedade à medida que estabelece a mistura de 13% e nós a encorajamos”, afirmou Culver à Reuters. “Nós estamos otimistas e acreditamos que temos pessoas no lugar certo, como Vilsack, que pode nos ajudar com isto”.
O governador de Dakota do Norte, John Hoeven, presidente da coalizão, acredita que a EPA deverá tomar alguma decisão dentro de semanas ou poucos meses. Segundo Hoeven, o aumento para 13% seria apenas um primeiro passo, já que os governadores querem manter os esforços para aumentar ainda mais a mistura de biocombustível na gasolina.

Para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), maior entidade representativa do setor sucroenergético brasileiro, um aumento da mistura no mercado americano poderia favorecer as exportações brasileiras. “Muitos países tem os EUA como referência técnica e ambiental para uso do etanol em mistura com a gasolina. Por essa razão, o aumento da mistura para 13% naquele país pode  também ser um indutor de mudança de demanda em outros mercados”, disse Alfred Szwarc, consultor de emissões e tecnologia da UNICA.

Os produtores de etanol de milho, nos Estados Unidos, têm se esforçado para recuperar lucros ultimamente, devido à volatilidade dos preços do milho e do petróleo. Algumas empresas foram à bancarrota e um quinto da capacidade de produção de etanol está ocioso. Produtores de etanol têm pressionado pelo aumento da mistura para taxas de 20%, o que estimularia o setor produtor, entretanto as montadoras de veículos têm resistido à proposição temendo a ocorrência de problemas de campo com veículos mais antigos.