fbpx

Governo brasileiro lança versão em inglês de Zoneamento Agro

9 de abril de 2010

undefinedO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento acaba de lançar a versão em inglês do livreto Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar (ZAE Cana), publicado originalmente no ano passado em português, com base no decreto que institui a expansão sustentável do cultivo da cana para a produção de etanol e açúcar.

“É fundamental que este livro seja difundido para o resto do mundo. O Brasil deve ser referência para outros países em produzir combustíveis renováveis com sustentabilidade,” defende Géraldine Kutas, assessora sênior do Presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) para Assuntos Internacionais. “Esse trabalho pioneiro restringe a expansão de produção de biocombustíveis a áreas que não têm impacto para a biodiversidade, proibindo o cultivo da cana em biomas sensíveis, como a Amazônia, Pantanal e Bacia do Alto Paraguai, e a expansão do cultivo sobre qualquer tipo de vegetação nativa,” explica.

Hoje, o país é o maior produtor e exportador de açúcar do mundo e o segundo maior produtor de etanol, utilizando menos de 1% do território nacional (correspondente a 7,8 milhões de hectares). As projeções do Ministério da Agricultura indicam que, se a produção brasileira duplicar até 2017 será utilizado, no máximo, 1,7% das terras.

Rigor Técnico

O conjunto de restrições ambientais, econômicas, sociais, de risco climático e de condições de solo do ZAE Cana orienta a expansão da cana-de-açúcar em 7,5% das terras brasileiras (ou 64,7 milhões de hectares). De acordo com os novos critérios, 92,5% do território nacional não são indicados ao plantio de cana.

Os critérios adotados pelo ZAE Cana quanto à expansão do cultivo de cana-de-açúcar no Brasil são rigorosos. De acordo com a publicação, “as áreas aptas são mais do que suficientes para atender às futuras demandas de etanol e açúcar projetadas para as próximas décadas no mercado interno e externo”. Mas não impedem o crescimento do país: “o emprego de novas tecnologias para a produção de etanol permitirá ampliar em até 80% a produção de biocombustível em cada hectare plantado. A produção aumentará sem que a área de cultivo se altere.”