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Governo de Xangai quer investir em tecnologias renováveis

25 de abril de 2011

O governo da cidade chinesa de Xangai quer aumentar a participação de energias renováveis em sua matriz energética, dos atuais 10% para 16% até 2020. A intenção foi manifestada pelo vice-presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Município de Xangai, Lu Xiaochun, durante visita à sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em São Paulo, na quarta-feira (13/04).

“Viemos ao Brasil para aprender sobre o setor sucroenergético e como o País fez do etanol uma realidade de tanto sucesso. Queremos ter uma matriz energética mais limpa e fazer de Xangai uma cidade verde,” afirmou Xiaochun após reunião com o diretor de comunicação corporativa da UNICA, Adhemar Altieri, e com a analista de relações institucionais da entidade, Luana Maia. Ele veio à entidade acompanhado por outros cinco integrantes da delegação chinesa, todos ligados à Comissão de Ciência e Tecnologia de Xangai.

Embora seja um produtor de cana de destaque no mundo, a China ainda é muito dependente de carvão e petróleo no setor automotivo. Isto porque o etanol fabricado pelos chineses é usado para fins industriais, como o setor de bebidas. Durante a visita à UNICA, os membros da comissão chinesa explicaram que Xangai não possui terras suficientes para produzir cana em larga escala, mas dispõe de equipamentos e tecnologia avançados.

Na avaliação do diretor da UNICA, Xangai poderia investir em bicombustíveis de segunda geração para solucionar o problema.

Mistura à gasolina

Em cinco cidades chinesas – Heilongjian, Jilin, Liaoning, Anhui, e Henan, é obrigatória a mistura de 10% de etanol à gasolina. No ano passado o governo chinês reduziu a tarifa de importação a 5%, contra os 30% que estavam em vigor anteriormente. “A intenção pode ter sido abrir as portas do país para o etanol importado de países como o Brasil, só que não foram tomadas atitudes subsequentes que demonstrassem essa intenção por parte dos chineses. Por enquanto, o que podemos registrar é o aumento no número de visitas de delegações chinesas ao Brasil e à UNICA, o que demonstra, no mínimo, que há interesse pela fórmula adotada em nosso país,” complementa Altieri.