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Governo japonês envia última delegação ao Brasil

4 de agosto de 2010

Uma delegação de técnicos representando o governo japonês visitou o Brasil na semana de 27 de julho, para aprimorar conhecimentos sobre o setor sucroenergético antes da elaboração de um projeto de lei que deve ser adotado ainda este ano definindo um novo nível de mistura de etanol na gasolina. Entre outras preocupações, o Japão quer definir critérios de sustentabilidade que serão observados para a importação e comercialização do etanol naquele país, que não possui uma produção doméstica do biocombustível.

Em maio deste ano, pesquisadores japoneses também estiveram no Brasil para comprovar a sustentabilidade do etanol de cana-de-açúcar. “Há muitas alegações de entidades estrangeiras que colocam em questão a produção sustentável do etanol no Brasil. Assim, o Japão se questionou se o etanol de cana realmente reduzia as emissões de CO2 em grande quantidade. Foi muito importante a visita para constatar o ótimo desempenho da produção e levar as informações corretas. Isto possibilitará o início de uma mudança na percepção do País como um fornecedor confiável,” afirmou Kuniyuki Terabe, vice-presidente da Brazil-Japan Ethanol Company, empresa fruto da parceria entre a Petrobras e a estatal japonesa Nippon Alcohol Hanbai K.K.

Nesta ultima visita, os japoneses conheceram a Usina São Martinho, em Pradópolis, interior de São Paulo, acompanhados pela assessora de relações institucionais da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Nayana Rizzo. À noite eles se encontraram com a equipe de sustentabilidade do escritório da UNICA em Ribeirão Preto, composta pela assessora de responsabilidade social corporativa, Maria Luiza Barbosa, e pelo assessor de responsabilidade ambiental corporativa, Daniel Lobo.

Além de Terabe, também integraram o grupo japonês o diretor geral do Instituto de Pesquisa de Tecnologia Inovadora para a Terra, Kenji Yamaji; o economista do Centro de Dados e Modelagem de Energia do Instituto de Energia Econômica do Japão, Ryoichi Komiyama; e o diretor da Brazil-Japan Ethanol Company, Hideki Kono.

Itinerário

A delegação japonesa permaneceu no Brasil de 25 a 28 de julho, período em que também visitou o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), em Piracicaba; o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em Campinas; o terminal de Paulínia, no interior de São Paulo; o Palácio do Itamaraty, em Brasília; e a Petrobras no Rio de Janeiro.

O governo do Japão anunciou recentemente uma nova meta de redução, até 2020, de 25% do total de emissões de gases causadores do efeito estufa em relação aos níveis de emissão ocorridos há trinta anos. Desde 2003, a legislação japonesa permite uma mistura facultativa de até 3% de etanol na gasolina, e há discussões no país sobre o aumento desta mistura para até 10%.