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Governo paulista defende ações conjuntas de estímulo ao setor

30 de agosto de 2012

O Governo do Estado de São Paulo trabalha em parceria com empresas e entidades do setor sucroenergético na elaboração de estratégias que incentivem a retomada do crescimento da produção de etanol, açúcar e bioeletricidade, tanto no curto quanto no longo prazo. A informação é do subsecretário de Energias Renováveis da Secretaria de Energia de São Paulo, Marco Antonio Mroz. Ele participou de entrevista coletiva no estande da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) na quarta-feira, segundo dia (29/08) da 20ª Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira e 10ª Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana-de-Açúcar (Fenasucro&Agrocana), no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP).

“São Paulo é a maior potência do País em produção de cana-de-açúcar, por isso temos o compromisso de estimular o máximo aproveitamento dessa cultura, sobretudo por sua importância econômica e ambiental,” comentou Mroz.  De acordo com o subsecretário, um documento com propostas para o segmento canavieiro está em fase final de elaboração, mas ainda não tem data para ser apresentado pelo governador Geraldo Alckmin ao Governo Federal.

Para o diretor de Comunicação Corporativa da UNICA, Adhemar Altieri, que também participou da coletiva, a iniciativa do governo paulista faz total sentido. “São Paulo responde por quase 60% da cana brasileira, e praticamente toda a indústria de base que atende o setor sucroenergético tem sede no estado. São Paulo também deu o exemplo quando baixou o ICMS sobre o etanol para 12% durante a primeira gestão do governador Alckmin, garantindo mais competitividade para o etanol no principal mercado consumidor brasileiro. Se outros estados tivessem seguido esse exemplo, o setor não estaria na situação que está hoje, mesmo sendo as principais dificuldades existentes hoje ligadas a políticas federais,” afirmou.

Apoio à bioeletricidade

Segundo o subsecretário Mroz, entre os exemplos positivos de apoio do governo de São Paulo ao setor, especificamente em relação à bioeletricidade, está a desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para bens de capital utilizados em projetos de cogeração de energia. A medida foi anunciada em 2011, durante a terceira edição do Ethanol Summit e na presença do governador Alckmin, que assinou o documento diante de diversos empresários, personalidades e autoridades governamentais. O governo de São Paulo agora avalia a ampliação da desoneração para ativos que compõem o sistema de conexão das usinas às redes de distribuição de energia, inclusive subestações de energia elétrica instaladas nas unidades sucroenergéticas.

Segundo o gerente em bioeletricidade da UNICA, Zilmar de Souza, a medida seria de importância fundamental tanto para a expansão da bioeletricidade no estado quanto para as indústrias que fornecem equipamentos e serviços específicos. “Somente em São Paulo, a energia renovável gerada pela queima do bagaço da cana apresenta um potencial de curto prazo equivalente a uma Usina Belo Monte. Ou seja, é algo que não pode ser desprezado em um Estado demandante de soluções energéticas sustentáveis,” complementa.