fbpx

Governo prorroga linha de crédito que mantém capital de giro

19 de janeiro de 2010

undefinedA prorrogação do Programa de Crédito Especial Rural (Procer), destinado ao financiamento de  capital de  giro  para  agroindústrias, pode ser  uma boa opção para empresas do setor sucroenergético que necessitam de recursos para suas operações, avalia a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). A contratação deste crédito foi ampliada até 30 de Junho de 2010.

“Em um momento em que as linhas de crédito tradicionais continuam escassas e, em muitos casos, proibitivas, esta linha de capital de giro oferecida pelo BNDES pode ser uma boa alternativa às empresas. É importante lembrar que as unidades industriais do setor sucroenergético têm elevado custo de capital de giro já que é o único agente da cadeia produtiva que carrega os estoques de etanol ao longo de todo o período de entressafra”, afirma Eduardo Leão de Sousa, diretor executivo da UNICA.

De acordo com a Resolução do Banco Central, o volume total de recursos destinados a linha pode chegar a R$ 10 bilhões de reais. O crédito será repassado com uma taxa efetiva de juros de 11,25% ao ano e prazo de reembolso de até 24 meses para o principal, com 12 meses de carência.

Veja, abaixo, a íntegra da resolução:

RESOLUCAO 3.819                              

Consolida normas relativas  à  linha
de  crédito instituída ao amparo  de
recursos   do   Banco  Nacional   de
Desenvolvimento Econômico  e  Social
(BNDES),  destinada ao financiamento
de     capital    de    giro    para
agroindústrias,    indústrias     de
máquinas e equipamentos agrícolas  e
cooperativas agropecuárias e  altera
o    prazo   de   contratação    das
operações  enquadradas  na  referida
linha.

O  Banco  Central do Brasil, na forma do art. 9º da  Lei  nº
4.595,  de  31  de  dezembro de 1964, torna público  que  o  Conselho
Monetário  Nacional, em sessão realizada em 16 de dezembro  de  2009,
com  base nos arts. 4º, inciso VI, da Lei nº 4.595, de 1964, e 19  da
Lei nº 11.922, de 13 de abril de 2009,

R E S O L V E U:

Art.  1º   A  linha  de  crédito  instituída  ao  amparo  de
recursos  do  Banco  Nacional de Desenvolvimento Econômico  e  Social
(BNDES),  com  subvenção  econômica da União,  sob  a  modalidade  de
equalização de taxas de juros, destinada ao financiamento de  capital
de  giro  para  agroindústrias, indústrias de máquinas e equipamentos
agrícolas  e  cooperativas agropecuárias, fica sujeita  às  seguintes
condições:

I  – beneficiários: agroindústrias, indústrias de máquinas e
equipamentos agrícolas e cooperativas agropecuárias;

II  –  volume  de  recursos:  até  R$10.000.000.000,00  (dez
bilhões de reais);

III  – agentes financeiros: BNDES e instituições financeiras
por este credenciadas;

IV  –  limite  por  empresa:  a  critério  do  BNDES  ou  da
instituição financeira;

V  –  encargos financeiros: taxa efetiva de juros de  11,25%
a.a. (onze inteiros e vinte e cinco centésimos por cento ao ano);

VI  –  prazo  de  reembolso: até 24 (vinte e  quatro)  meses
incluídos, para o principal, até 12 (doze) meses de carência;

VII – periodicidade dos pagamentos:

a)  juros:  em  parcelas trimestrais, durante o  período  de
carência, e mensais, após a carência;

b) principal: em parcelas mensais;

VIII  –  risco da operação: do BNDES, nas operações por  ele
efetuadas  diretamente, ou das instituições financeiras,  nos  demais
casos;

IX – prazo de contratação: até 30 de junho 2010;

X  –  remuneração dos agentes financeiros, com base no valor
contratado, a título de spread:

a)  nas operações diretas: 4% a.a. (quatro por cento ao ano)
para o BNDES;

b)  nas  operações indiretas: 1% a.a. (um por cento ao  ano)
para  o  BNDES  e 3% a.a. (três por cento ao ano) para a  instituição
financeira.

Art.  2º   O  BNDES  está autorizado a repassar  aos  bancos
públicos federais até R$5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais) dos
recursos estabelecidos no inciso II do art. 1º, para que estes  atuem
como   agentes   operadores  da  linha  de   crédito   destinada   ao
financiamento  de capital de giro, diretamente ou como  coordenadores
de  operações  sindicalizadas  a serem  realizadas  em  conjunto  com
instituições  financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco  Central
do Brasil, nas seguintes condições:

I   –   agentes   financeiros:  bancos   públicos   federais
isoladamente ou em conjunto com instituições financeiras  autorizadas
a funcionar pelo Banco Central do Brasil;

II  – remuneração dos agentes financeiros, com base no valor
contratado: até 4% a.a. (quatro por cento ao ano);

III  –  os  recursos  podem ser repassados  pelo  BNDES  aos
bancos  públicos  federais  pelo mesmo custo  de  captação  deste  no
Tesouro Nacional, de que trata o art. 1º da Lei nº 11.948, de  16  de
junho de 2009;

IV  –  beneficiários: agroindústrias, indústrias de máquinas
e equipamentos agrícolas e cooperativas agropecuárias;

V  – limite por empresa: a critério do banco público federal
que receber os recursos do BNDES;

VI  –  encargos financeiros: taxa efetiva de juros de 11,25%
a.a. (onze inteiros e vinte e cinco centésimos por cento ao ano);

VII  –  prazo  de reembolso: até 24 (vinte e  quatro)  meses
incluídos, para o principal, até 12 (doze) meses de carência;

VIII  –  periodicidade dos pagamentos: a critério do  banco
público federal que receber os recursos do BNDES;

IX  –  risco  da  operação:  do banco  público  federal  que
receber  os  recursos  do  BNDES, nas operações  por  eles  efetuadas
diretamente, ou das instituições financeiras, conforme  o  risco  por
elas assumido na operação sindicalizada;

X – prazo de contratação: até 30 de junho de 2010;

XI  –  fica  vedado o repasse desses recursos  pelos  bancos
públicos federais para outras instituições financeiras;

XII  –  ficam  os  bancos  públicos  federais  que  captarem
recursos  nos termos deste artigo responsáveis pelo acompanhamento  e
monitoramento das operações de crédito efetuadas.

Parágrafo  único.  Para as operações contratadas até  26  de
agosto  de  2009,  com  recursos  da poupança  rural,  nas  condições
estabelecidas nos incisos do caput e que vierem a ser reclassificadas
para  a linha de crédito deste artigo, o prazo de reembolso pode  ser
estabelecido  em até 24 (vinte e quatro) meses, para  o  principal  e
encargos financeiros.

Art.  3º   Esta  resolução entra em vigor  na  data  de  sua
publicação.

Art.  4º  Ficam revogadas as Resoluções ns. 3.714, de 16  de
abril de 2009, 3.725, de 15 de maio de 2009, e 3.776, de 26 de agosto
de 2009.

Brasília, 16 de dezembro de 2009.

Henrique de Campos Meirelles
Presidente