Nesta quarta-feira (2/12), o presidente da Aliança Global de Combustíveis Renováveis (GRFA, em inglês), Bliss Baker, conclamou líderes mundiais que participam da 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-21), em Paris, para sinalizar o apoio aos biocombustíveis como uma das ferramentas de combate às mudanças climáticas.
“Esta Conferência é uma oportunidade real para líderes mundiais reconhecerem o papel que os combustíveis renováveis têm desempenhado, e que continuarão desepenhando, na transição para uma economia global de baixo carbono”, disse Baker. “Os problemas climáticos vão aumentar e os biocombustíveis representam, no curto e médio prazos, uma solução de baixo custo na redução do uso de petróleo e das emissões de gases de efeito estufa (GEEs) no setor de transportes”, acrescentou.
O departamento de Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA, em inglês) disse que o mês de outubro de 2015 foi o outubro mais quente da história, com três graus acima do normal desde que os registros começaram a ser medidos, em 1880. Este foi o oitavo mês deste ano a registrar um calor recorde, fato nunca observado em nenhum outro ano.
Até o momento, 36 países já reconheceram a oportunidade apresentada pelos biocombustíveis na redução das emissões de GEEs e combate às mudanças climáticas, e os incluíram em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas (INDC, em inglês). Estudos têm mostrado que a maioria dos biocombustíveis, como o etanol, provaram sua capacidade de reduzir os gases nocivos de GEEs de 40% a 90% na comparação com os combustíveis fósseis em todo o mundo.
“Dada a significativa contribuição dos biocombustíveis na redução das emissões globais de GEEs atualmente, acreditamos que os participantes da COP 21 devem estar atentos para uma maior utilização dos combustíveis renováveis por meio da adoção de políticas de apoio, particularmente para biocombustíveis avançados”, concluiu Baker.
A GRFA é uma organização sem fins lucrativos dedicada a promover políticas favoráveis aos biocombustíveis no âmbito internacional. Os membros da Aliança, que inclui a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), representam mais de 90% da produção global de biocombustíveis. Por meio do desenvolvimento de novas tecnologias e melhores práticas, os integrantes da GRFA estão comprometidos com a produção de combustíveis renováveis da forma mais eficiente possível.