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Grupo de investidores examina o setor sucroenergético

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2 de outubro de 2008


Com a intenção de investir no agronegócio brasileiro, um grupo de executivos estrangeiros veio ao País, para examinar, inclusive, possíveis oportunidades no setor sucroenergético. Eles estiveram na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) em São Paulo (SP), nesta quinta-feira (02/10/08), com o objetivo de obter mais informações sobre o etanol de cana-de-açúcar e desvendar mitos que envolvem a produção de biocombustíveis. Durante uma semana, os empresários e ex-CEOs de grandes companhias internacionais viajarão principalmente entre São Paulo e Rio de Janeiro, em busca de negócios.

 


Na UNICA, além de conhecerem melhor a importância do setor sucroenergético para o País, o grupo de investidores teve uma visão sobre as iniciativas de expansão da cana-de-açúcar e da tecnologia brasileira para outras partes do mundo. Atualmente, a entidade conta com escritórios no Brasil e também nos Estados Unidos (Washington) e na Europa (Bruxelas), com a missão de divulgar as vantagens que o etanol produzido da cana-de-açúcar oferece em relação a outras culturas, como milho, trigo, beterraba etc.


Para explicar a utilização do etanol no Brasil como combustível, a relações institucionais da UNICA, Carolina Costa, fez uma explanação sobre a história do setor, citando iniciativas que contribuíram para o crescimento, desde a criação do programa Pró-Álcool, na década de 1970, passando pela implantação dos carros flex pela indústria automobilística brasileira, em 2003. Atualmente, 90% dos carros zero vendidos no mercado brasileiro contam com tecnologia flex, informação que surpreendeu positivamente os executivos.

 


 


 


 


Elaboração: UNICA A hipótese de que os biocombustíveis provocariam a alta nos preços dos alimentos foi rechaçada por argumentos favoráveis à cana-de-açúcar. Além disso, a representante da UNICA explicou que a cana, dentre as matérias-primas utilizadas para produzir etanol, é a mais sustentável do ponto de vista ambiental, graças ao seu balanço energético (ver quadro).


A diversificação no uso do etanol também foi abordada durante a apresentação aos estrangeiros. A possibilidade de usar o combustível renovável em larga escala nos aviões que fazem pulverizações nas plantações poderá ser uma realidade no futuro, assim como o seu uso em ônibus e caminhões, que já estão em fase de testes. As primeiras motos flex deverão chegar ao mercado nacional no final de 2009. Outro exemplo foi o da empresa brasileira Braskem, que está se preparando para a produção massiva de plásticos utilizando etanol de cana. Para promover a iniciativa, a Braskem e a Estrela criaram o jogo Banco Imobiliário Sustentável, que utiliza peças de polietileno verde (clique aqui para ler mais sobre o jogo).


A produção de energia elétrica pelas usinas de cana brasileira também foi um dos assuntos em pauta, já que atualmente as indústrias são auto-suficientes e passarão a vender o excedente para o sistema nacional. A bioeletricidade de cana-de-açúcar deve atingir potência equivalente à da usina hidrelétrica de Itaipu em 2012.


O grupo de executivos pertence à empresa canadense Leader Quest, especializada no desenvolvimento de lideranças empresariais e consultoria de negócios.  Fundada em 1997, a Leader possui uma equipe diversificada de profissionais com atuação local, regional e mundial, trabalhando para todos os tipos de organizações públicas ou privadas.