Um novo investimento na produção de bioeletricidade com bagaço de cana, anunciado nesta quarta-feira (01/12) pela multinacional francesa Rhodia, é um importante incentivo para a atração de novos participantes para essa atividade do setor sucroenergético. A avaliação é do assessor de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar de Souza.
“Parcerias com empresas da indústria química e do próprio setor são muito bem-vindas e devem ser mais freqüentes, pela sinergia existente entre o etanol e projetos de cogeração. O desenvolvimento de projetos de pesquisa e desenvolvimento para os chamados bioplásticos, o eteno renovável, é também uma grande vantagem estratégica, uma opção à matéria-prima de origem fóssil,” afirma o assessor da UNICA.
A unidade cogeradora será construída pela Rhodia Energy Services na usina Paraíso Bioenergia, localizada em Brotas (SP), e terá capacidade instalada de 70 MW. Segundo a Rhodia, a planta produzirá bioeletricidade suficiente para abastecer aproximadamente 200 mil residências, atendendo cerca de 600 mil pessoas.
O presidente da Rhodia Energy Services, Phillippe Rosier, esclareceu ainda que a empresa também pretende trazer para o Brasil uma tecnologia que a multinacional está desenvolvendo na Ásia para cogeração de energia a partir da vinhaça (resíduos do açúcar e do álcool), para a transformação em biogás. Acordos nesse sentido deverão ser fechados nos próximos meses.