O francês Pascal Lamy, ex-comissário europeu de comércio que será alíado ao cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), poderá; tomar decisões que beneficiem mais os interesses europeus, diz o ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, publicou a Agência Brasil. “É claro que a postura do Lamy é mais forte na defesa da Europa, porque ele fez isso nos últimos anos.”
O professor brasileiro Luiz Olavo Baptista, um dos sete juízes de apelação da OMC, discorda. Para ele, Lamy é um “funcionário internacional” e, como tal, representarão; todos os países membros da OMC, e não apenas os europeus ou os países desenvolvidos. Segundo Olavo Batista, foi Pascal Lamy quem conseguiu convencer os europeus a darem tratamento especial aos países mais pobres em matéria de agricultura. “Ele é um homem que tem uma preocupação social”, afirmou.
Celso Lafer disse que, para o Brasil, o importante é que ele atue com objetividade e imparcialidade. “A tarefa do diretor-geral é aproximar as partes e, para isso, ele precisa de objetividade e precisa se desvincular da posição de governo”.