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Relatório nos EUA defende queda da tarifa de importação de etanol

13 de janeiro de 2010

undefinedUm relatório lançado na quarta-feira (06/01) pelo Instituto Baker de Políticas Públicas da Universidade de Rice, do Texas, nos Estados Unidos, que defende a retirada da tarifa de importação sobre o etanol brasileiro, é uma conquista importante para o setor, na avaliação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). O documento aponta que a queda da tarifa seria uma solução para que os estados americanos costeiros alcancem a mistura obrigatória de 10% de etanol à gasolina.

“Este relatório aponta desafios de uma política de biocombustíveis focado na produção nacional de etanol de milho, como transporte. O relatório afirma que importar etanol seria a opção mais viável devido aos baixos custos de produção do etanol brasileiro e ao potencial de produção do Caribe e da América Central”, afirmou o representante-chefe da UNICA, Joel Velasco. Segundo informações do documento, o custo do etanol de cana-de-açúcar chega a ser 30% menor que o do etanol de milho e o custo unitário de transporte do etanol importado é bem inferior ao do etanol do meio-oeste Americano.

O Instituto Baker estima que a América Latina poderia suprir entre 22 a 89 bilhões de galões de etanol por ano (83,16 a 336,42 bilhões de litros), se mais áreas fossem dedicadas exclusivamente a produção de cana. O etanol importado diversificaria a matriz energética estrangeira dos EUA, contribuindo para a segurança energética do país. O etanol produzido por países em desenvolvimento poderia se tornar o motor de crescimento para lugares como Cuba e Nicarágua.

O relatório afirma ainda que o Congresso Americano deveria parar de beneficiar o etanol de milho. Essas observações levaram o lobby do etanol de milho americano a criticar o estudo. De acordo com o lobby, pesquisadores da Universidade de Rice utilizam dados desatualizados e suposições questionáveis para denegrir, devido ao seu apoio a produção de combustíveis renováveis produzidos domesticamente, o Congresso, fazendeiros e produtores de etanol. “Não surpreende que este estudo, patrocinado por petroleiras, se baseie em mitos, meias-verdades para desmerecer o etanol sem oferecer qualquer comparação a nossa dependência cada vez mais perigosa e custosa do petróelo,” disse o Diretor de Relações Públicas da Associação de Combustíveis Renováveis (RFA em ingles), Matt Hartwig.