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Marina Silva em Washington: etanol brasileiro é exemplo sustentável

30 de outubro de 2009

Para a senadora Marina Silva (PV-AC), a indústria brasileira de biocombustíveis é um dos principais exemplos de como o País tem contribuído para a redução global de emissões de gás carbono. Em visita a Washington, onde se reuniu com membros do Congresso americano e participou de um debate nesta terça-feira (27/09/2009) sobre desafios para a cúpula de Copenhagen, Marina disse que o Brasil é hoje uma nação que pode mostrar o caminho a outros países.

“Cerca de 45% da matriz energética brasileira é renovável. Boa parte dela vem da energia hidrelétrica e dos biocombustíveis” disse a senadora, que enfatizou o fato de a indústria de cana-de-acucar poder triplicar sua produtividade sem expandir áreas de plantio.
Segundo ela, a indústria do etanol brasileira precisa agora de uma certificação independente e auditável para garantir a origem sustentável do biocombustível.

Para a senadora, um passo importante para deixar claro que o plantio de cana não é responsável pelo desmatamento da Amazônia foi a criação pelo governo do zoneamento agroambiental, que delimita claramente onde o plantio é permitido. Marina afirmou que hoje o Brasil mostra ao mundo como é possível estabelecer metas ambiciosas para redução de emissões e encontrar maneiras de cumprí-las.

“O Brasil conseguiu estabelecer e alcançar metas importantes de redução do desmatamento e da emissão de gases de efeito estufa e agora pode dar o exemplo a outras nações,” afirmou a senadora, lembrando que o Brasil já reduziu o desmatamento florestal, principal fonte de emissões no País, em 57% nos últimos anos. Até 2020, a meta é atingir redução de 80%.

Segundo o diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão de Sousa, os comentários de Marina Silva sinalizam a importância que terá a 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima da ONU, a COP 15, programada para dezembro próximo em Copenhague, na Dinamarca: “A realidade brasileira em termos da produção e uso de energias renováveis é algo que será apresentado com destaque, pois representa uma parte importante da solução que todos hoje procuram. Isso é verdade particularmente com relação ao nosso etanol, que é, na prática, o combustível de baixo carbono que o mundo hoje procura.”

Marina enfatizou que países desenvolvidos e em desenvolvimento precisam encontram novas maneiras de reduzir emissões sem afetar a qualidade de vida das pessoas, aumentando os índices de pobreza. “Em primeiro lugar precisamos dissociar crescimento econômico e aumento de emissões. Não é uma questão de optar por um outro caminho, mas sim aprender a caminha de uma maneira diferente”, disse.