A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, considera que existem vários pontos de convergência sobre questões relativas ao meio ambiente entre suas propostas e as estratégias que vem sendo priorizadas pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). Ela visitou a sede da entidade nesta terça-feira (27/07) e foi recebida em reunião plenária das empresas associadas da entidade.
Marina acompanhou uma apresentação sobre o setor sucroenergético e suas prioridades, conduzida pelo presidente da UNICA, Marcos Jank, e respondeu perguntas dos associados. Também participaram o candidato a vice-presidente na chapa do PV, Guilherme Leal, o candidato ao senado Ricardo Young e o candidato ao governo de São Paulo, o ex-deputado federal Fábio Feldman. Após o evento, que durou cerca de uma hora, a candidata atendeu à imprensa na sede da UNICA juntamente com Marcos Jank.
“O acolhimento aqui não foi hostil. Eles (empresários do setor) não têm medo desta agenda. Recuperamos uma agenda que foi inviabilizada por setores mais conservadores” disse a candidata, referindo-se às questões ambientais discutidas com o setor sucroenergético no período em que foi ministra do Meio Ambiente, entre elas o Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar (ZAE Cana).
Para Jank, o diálogo está sempre aberto com todos os candidatos. “O nosso interesse é avançar nos pontos convergentes” disse, ao citar o respeito às leis ambientais e trabalhistas, além do apoio à certificação da produção e ao Zoneamento, que entre outros aspectos, impede a expansão da cana em biomas sensíveis ou envolvendo desmatamento.
Concordando com a agenda positiva identificada pela candidata, Jank destacou que existem outros pontos que ainda necessitam de maior entendimento. “Um deles é o projeto de Código Florestal apresentado recentemente pelo deputado Aldo Rebello (PC do B-SP) que trata da recomposição de 20% das áreas cultivadas,” concluiu.